Sabe quanto custou o desfile daquele tanque (ou será uma lata velha) pela Esplanada dos Ministérios, no dia 10 de agosto, supostamente para entregar um convite a Bolsonaro? Não sabe? Pois fique sabendo: R$ 3,7 milhões! Dinheiro que eu, você, a apresentadora do jornal da TV e mais 200 milhões de brasileiros são obrigados a pagar. Foi a chamada Operação Formosa que, de ‘formosa’ não tinha nada. O diz que diz, normalmente bem informado, disse que o objetivo real era de intimidar o Congresso que votava na mesma hora a PEC do voto impresso. Pode isso, Torta? A tal da formosa operação é realizada anualmente desde 1988, mas só em 2021 foi feito um desfile pela Esplanada para entregar um convite ao chefe do governo federal!!! O ato foi interpretado, claro, como pura intimidação. Uma intimidação das mais caras, simplesmente para colocar um tanque em campo. Mas o mais absurdo é que a Marinha impôs sigilo de cinco anos aos documentos sobre o desfile militar de Bolsonaro. Dos R$ 3,7 milhões gastos com a operação, R$ 1,78 milhão foi destinado ao custeio de bases. R$ 1,03 milhão para locação de ônibus para transporte, R$ 721 mil para combustível, lubrificantes e graxas, R$ 98,7 mil para materiais de saúde, R$ 16,6 mil para suprimentos de fundos e R$ 15 mil para passagens e diárias. Resumindo: R$ 3,7 milhões para nada, absolutamente nada.
E, como todos nós sabemos, acaba de acontecer mais uma dessas alucinações típicas deste governo que temos. O tão esperado jogo entre as seleções de futebol do Brasil acabou não acontecendo por causa de outra história mal contada. Dizem que alguns jogadores argentinos que jogam em clubes ingleses simplesmente saíram praticamente do aeroporto diretamente para o estádio de futebol. Você diria: “Sim, e daí? Que mal há nisso?” Pode haver muito mal. Eles vieram da Inglaterra diretamente para jogar – e isso não pode. A exigência da Anvisa para uma situação dessas é obrigar o jogador (ou qualquer outra pessoa) a passar antes por uma quarentena! Jogo cancelado, jogadores desanimados, indignação por todo lado. Os jogadores talvez sejam os únicos que não têm culpa nenhuma. São culpados os dirigentes, são culpadas as organizações futebolísticas e, acima de tudo, é culpado Bolsonaro – que, felizmente, não entrará mais em campo depois da próxima disputa eleitoral.
