07/08/2021 às 14h29min - Atualizada em 07/08/2021 às 14h29min

MILITARES DIZEM QUE NÃO TÊM ÓBICE CONTRA LULA.

ESSE ÓBICE É COISA RUIM OU COISA BOA?


Foi Igor Gielow que revelou na Folha. Os militares descartam riscos de um rompimento institucional ou que haja “qualquer tipo de óbice caso o petista seja escolhido nas urnas em 2022”. Claro que evitar ‘óbice’ só pode ser coisa boa. Mas ao mesmo tempo os militares evitam diálogo com Lula que, obviamente, procura diálogo com os militares. Aliás, essa é a atitude mais óbvia ululante e mais correta – afinal, tudo leva a crer que, a partir de 1º de janeiro de 2023, Lula estará comandando todos eles.

A reportagem diz que essa resistência dos militares a Lula se deve a: 1) “a tentativa de tirar de comandantes a prerrogativa de escolha nas promoções e 2) a forma com que Dilma conduziu a Comissão Nacional da Verdade”. 

Gielow destaca que, “o enfraquecimento político do governo Temer levou a uma voz mais ativa dos militares” e “a candidatura de Bolsonaro, um militar indisciplinado visto como parvo pelos generais, foi apadrinhada por um círculo influente de generais da reserva, o hoje ministro Augusto Heleno à frente”.
Apesar disso, os militares da ativa querem se afastar de Bolsonaro em função do discurso golpista adotado pelo ex-capitão e apoiar um candidato da chamada terceira via – de preferência, quem sabe, que bata continência para todos os militares.

Esses militares precisam saber que as pesquisas mostram que 45% dos eleitores já estão convencidos de que Lula é que tem probabilidade de vencer a eleição, contra 39% atribuídos a Bolsonaro. No caso de um candidato da chamada 3ª via, as chances seriam de 17%.
Considerando apenas esses candidatos da 3ª via, os que se destacam são o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB, com 45%), Sérgio Moro (com 20%), João Dória (PSDB, com 12%), Ciro Gomes (PDT, com 8%), José Luiz Datena (PSL, com 7%), Luiz Henrique Mandetta (DEM, com 3%) e Guilherme Boulos (PSOL), Luciano Huck (sem partido) e Geraldo Alckmin (PSDB), com 1% cada.

Os militares, como qualquer cidadão brasileiro, têm o direito de votar em quem bem entenderem, claro. Mas não podem esquecer que, seja quem for o presidente eleito, eles estarão batendo continência para o povo brasileiro.

Leia também em CartaCapital e Brasil247.
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