31/07/2021 às 12h22min - Atualizada em 31/07/2021 às 12h22min

​BOLSONARO É VINCULADO À PERSPECTIVA NAZISTA

PALAVRA DE QUEM CONHECE


Michel Gherman é coordenador do núcleo de estudo judaico na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e declarou com todas as sílabas na TV247: “Bolsonaro é vinculado à perspectiva nazista”.
Ele comentou o encontro de Bolsonaro com a deputada neonazista alemã Beatrix von Storch, vice-líder do partido “Alternative für Deutschland” (AfD), neta de um ministro de Hitler: “um dos últimos baluartes da extrema direita fedorenta, que fede a nazismo, é o Brasil”.
“A ligação entre Bolsonaro e o nazismo”, disse ele, “sempre esteve muito evidente em sua trajetória política, desde quando ainda ocupava postos como parlamentar, e se destacou ainda mais em sua campanha eleitoral em 2018”.

Bolsonaro sempre teve uma proximidade ideológica muito profunda com as perspectivas nazistas. Elogiava Hitler, tinha perspectivas de negacionismo do holocausto. Durante a campanha eleitoral isso ficou mais claro com a adoção de slogan que era uma imitação do slogan de Hitler: ‘Brasil acima de tudo’ versus ‘Deutschland vor allem’ (‘Alemanha acima de tudo’. Depois quando incorpora elementos da estética nazista de maneira muito frequente, inclusive com a presença constante da frase ‘o trabalho liberta’ nas suas várias versões. Enfim, estava claro para quem quisesse ver e ouvir. Bolsonaro é uma perspectiva nazista, ele tem posicionamentos ideológicos vinculados à extrema direita nazista. Ela guarda a estética nazista, ele é vinculado a isso”.

A diferença, segundo o especialista, é que agora Bolsonaro dá tons mais institucionais a sua ligação com o nazismo. Tal aproximação atualmente “está mais vinculada ao seu posicionamento internacional. Bolsonaro tem como sonho ser a referência da extrema direita no mundo. Beatrix von Storch consegue ser recebida por poucos líderes mundiais, é uma espécie de pária. E o que ela fez aqui no Brasil foi barba, cabelo e bigode. Ela não é recebida em lugar nenhum”.

Beatrix, de acordo com Gherman, visitou o Brasil de Bolsonaro por um motivo: o chefe do governo brasileiro é um dos últimos representantes importantes da extrema direita internacional, e uma eventual derrota sua em 2022 representaria um retrocesso importante para o fascismo e o nazismo. “Com esse retrocesso da extrema direita no mundo, um dos últimos baluartes da extrema direita fedorenta, que fede a nazismo, é o Brasil. Nós temos um presidente de extrema direita, fascista, temos seus filhos sonhando em serem lideranças da extrema direita em nível internacional. A derrota de Bolsonaro no Brasil é uma derrota importante da extrema direita fascista e nazista no mundo. Não é casual a visita dessa deputada, porque o Brasil é um dos poucos lugares que ainda faz sentido ela vir”.

Em outras palavras, derrotar Bolsonaro em 2022 significa livrar o Brasil em todos os sentidos, principalmente da influência nazista.
Bolsonaro, nunca mais!

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