Bolsonaro está desesperado. Para onde ele olha, conversando com Deus e o mundo, pesquisa após pesquisa, ele vê apenas uma coisa pela frente: a derrota na próxima eleição. No íntimo, ele já tem certeza disso, mas vai bater pé, espernear até onde puder, para tentar provar que a culpa é da urna.
Claro, é apenas um derrotado. Mas está tão desesperado que é capaz de tudo. Desde xingar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, até tentar provar, quem sabe, que ele mesmo, em 2018, foi eleito graças a uma fraude qualquer que realizou. Infelizmente, foi honestamente eleito.
O ministro Barroso afirmou nesta quinta-feira (29) que o discurso de “se eu perder a eleição houve fraude” é de quem é contra a democracia. É o tipo de argumento único de Bolsonaro, que não sabe exatamente o que significa argumentar. Bem, ele promete nesta noite, dia 29, divulgar indícios de fraudes em pleitos anteriores. Mas ele está demorando tanto em apresentar esses indícios de fraudes que talvez esteja com dificuldade em fraudar uma fraude...
Bolsonaro chegou ao absurdo de declarar que Aécio Neves (PSDB), quando foi candidato a presidente em 2014, teria derrotado Dilma Rousseff (PT). Imediatamente, Barroso lembrou: "o partido do candidato derrotado pediu auditoria do sistema, que foi feita, e o próprio candidato reconhece que não houve fraude. Isso não aconteceu. Nunca se documentou, porque o dia que se documentar, o papel da Justiça Eleitoral é imediatamente apurar".
O que se pode garantir disso tudo é que Bolsonaro trocou o papel por um papelão...