O ministro da Defesa, general Braga Netto, assinou, em 2018, quando comandava o Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro, um contrato de mais de R$ 40 milhões, para aquisição de 9.360 coletes à prova de bala para a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Acontece que esse contrato está sendo investigado em processo administrativo que corre no Governo Federal. Ele teria sido feito sem licitação e deve ter que explicar isso. Mas tem mais. O contrato foi feito com a empresa americana CTU Security, o que leva a outra história.
A CTU Security tem sede na Flórida, nos Estados Unidos. Segundo o seu site oficial, seu presidente seria o empresário Antonio Emmanuel Intriago Valera, conhecido como Tony Intriago – que, desde o início da semana, é investigado na Flórida por participação no assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, dentro do palácio do governo, em 7 de julho.
E tem mais ainda. No primeiro mês do governo Bolsonaro, o Executivo chegou a pagar R$ 35.944.456,10 à empresa. Mas, três meses depois, o pagamento foi cancelado e o contrato suspenso. Desde 2020, o Executivo apura as responsabilidades pelo descumprimento do contrato. O prazo da investigação acaba na primeira semana de agosto. O Brasil de Fato solicitou, via Lei de Acesso à Informação, a íntegra do processo administrativo que apura irregularidades no caso – mas o governo alega que o caso corre em sigilo até que as investigações sejam finalizadas. Falta só uma semana para terminar a primeira semana de agosto...