Não há mais dúvidas de que a discussão sobre voto de papel x voto eletrônico é apenas uma tentativa de dar “legalidade” ao golpe que está se perfilando diante de Bolsonaro. Não se trata mais de um simples desejo aloprado bolsonarista. A desculpa do voto de papel é a senha para o pontapé inicial de um golpe, que contará com apoio de boa parte dos militares – e poderá contar com uma mãozinha amiga até do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Não é à toa que Lira ganhará destaque nas manifestações deste sábado, 24, quando será publicamente denunciado como cúmplice do genocídio, aparecendo também nas faixas e cartazes em todo o Brasil.
O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bomfim, lembra que Lira não deu andamento a mais de uma centena de pedidos de impeachment: "A ameaça do ministro Braga Netto de que não haverá eleição em 2022 caso não seja aprovado o voto impresso, somada ao anúncio de Ciro Nogueira para a Casa Civil, estimulou a marcação de protestos".
Bolsonaro, naturalmente, acompanha minuto a minuto pesquisas sobre a próxima eleição e já perdeu as esperanças de vencer pelo voto, seja eletrônico, pelo papel ou escrito nas nuvens. Prefere o golpe.
Só para lembrar: o genocídio bolsonárico está chegando a 600.000 mortes. E só não está maior graças às vacinas que Bolsonaro tanto condenou.
Vamos às ruas levantar a voz contra o Golpe do Voto Impresso!
