O Decano do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, defendeu que as Forças Armadas fiquem de fora do debate sobre o processo eleitoral. Simples assim, e não queremos mais lero-lero. O general Braga Netto pode ser ministro da Defesa, mas não tem o direito de atacar nossa Constituição. Ele pode dizer muitas coisas, mas não tem o direito de condicionar a realização da próxima eleição à volta do voto impresso, aquele tipo de voto que sempre levou a muitas dúvidas nos resultados eleitorais.
Foi uma reportagem do Estadão que denunciou as más intenções, revelando que Braga Netto enviou uma mensagem por meio de interlocutores ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dizendo que somente haverá eleição no próximo ano se estiver em vigor o voto impresso, defendido por Bolsonaro e seus aliados. Braga Netto disse que não teve nada disso, mas o jornal reafirma o que publicou.
Gilmar Mendes disse que “os representantes das Forças Armadas devem respeitar os meios institucionais do debate sobre a urna eletrônica. Política é feita com argumentos, contraposição de ideias e, sobretudo, respeito à Constituição. Na nossa democracia, não há espaço para coações autoritárias armadas". Simples assim, mas parece que o general quer mudar de nome para “Briga Natto”.
Outro ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse ter conversado com Lira e Braga Netto após a divulgação da reportagem. Ambos teriam negado qualquer ataque contra a democracia. Felizmente, bateram em retirada...
