21/07/2021 às 12h19min - Atualizada em 21/07/2021 às 12h19min

QUAL O CUSTO DE UMA REELEIÇÃO DE PRESIDENTE?

NEM O CÉU É O LIMITE...


Simpatia tem valor? Sim, claro, sempre tem valor, mesmo quando o candidato resolve fazer cara de mau.
Realizações têm valor? Claro que sim! Sejam realizações de obras tipo estradas, pontes, sempre com muita visibilidade, ou sejam realizações de cunho social.
Honestidade tem valor? Sim e não. Não basta ser honesto. O candidato precisa parecer honesto. E aí temos o problema de alguns candidatos nada honestos iguaizinhos aos honestos.

Seja como for, Bolsonaro está apavorado com sua campanha de reeleição. Ele começou com grande antecipação, foi para as ruas do Brasil em grandes motocicleteatas que fizeram muito sucesso, mas que também provocaram reações negativas por desrespeito ao recolhimento necessário para combater a pandemia. Pegou muito mal. E Bolsonaro ficou pior ainda quando as oposições se uniram por todo o país em manifestações gigantescas clamando pelo “Fora, Bolsonaro!” – sempre usando máscaras, defendendo a vacinação e, principalmente, a retomada da grandeza do Brasil.

Bolsonaro começou, então, a mudar o formato de suas manifestações, buscando um perfil paz e amor, difícil de se encaixar no seu perfil tradicional. Como disse Aninha, passando aqui ao lado, “nem a martelada!”.
Suas dificuldades de rua ficam ainda maiores em função das reações entre as quatro ou cinco paredes do Congresso ou sob o esvoaçar das supremas togas. Seu espaço de manobra está cada vez mais restrito, o pé atrás ficou maior. O pânico de Bolsonaro fica ainda mais tenso quando percebe que não sente mais a ameaça de Lula vindo atrás... porque Lula já está bem mais à frente. Por isso, Bolsonaro começou um ‘mexe aqui, mexe ali’ mais intenso. Faz reforma ministerial, recria o Ministério do Trabalho, entrega a Casa Civil nas mãos do Centrão (precisamente, nas mãos do senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas), dá tapinha nas co$ta$ de quem estiver pela frente, dá a justificativa de que a reforma é importante para "continuar administrando o país" para transformá-lo em um “País dos Coitadinhos” (como talvez dissesse Emil Farhat).

Coitado de Bolsonaro, que não é exatamente um coitadinho. A sorte de todos nós, de cada um de nós, até mesmo dos bolsonaristas, é que esse golpe de má sorte que foi o bolsonarismo não se repetirá. Toc, toc, toc.

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