09/07/2021 às 08h14min - Atualizada em 09/07/2021 às 08h14min

A REJEIÇÃO DE BOLSONARO É DUPLA

NA CPI E NA PESQUISA XP IPESPE


Todo mundo já percebeu que a rejeição a Bolsonaro só faz aumentar. Dia após dia, CPI após CPI, pesquisa após pesquisa. A aprovação despenca e a rejeição cresce, cresce, cresce... vai às alturas. A gente vê isso por toda parte. Nas conversas entre amigos, nas fofocas entre vizinhos, nos debates entre políticos, nos olhares tristes, críticos e decepcionados dos brasileiros, nos depoimentos da CPI. Por exemplo, a ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização no Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, disse em depoimento à CPI da Covid que deixou o cargo por conta da politização e chegou a apontar que Bolsonaro colocou em dúvida os imunizantes, as vacinas – o que é óbvio, já que ele é um negacionista de mão cheia e cabeça vazia. A principal questão no momento é: o que fazer para sobreviver a Bolsonaro até a eleição do ano que vem? Como levar o dia a dia, sabendo que ainda faltam mais de 400 dias para termos a chance de votar contra a reeleição de Bolsonaro?

O primeiro a fazer é não perder a cabeça. O Brasil precisa de cada um que seja anti-negacionista e que ajude a derrotar quem está nos derrotando, tirando nossas forças, levando o país pro buraco. Não se trata apenas da questão econômica. Trata-se também da saúde mental dos brasileiros e da luta pelo retorno da alegria.

Em segundo lugar, é preciso agir com firmeza no combate. Nas ruas, entre amigos, entre vizinhos, no local de trabalho, entre parentes, na hora de fazer compras, nas conversas ali da esquina, nos ônibus, nos bancos das praças.

Em terceiro lugar, não podemos negar a importância dos partidos e temos que conquistar quem não tem partido ou candidato e ajudar a ver com clareza o caminho a seguir.

Em quarto – e importantíssimo – lugar, está a divulgação das pesquisas. É preciso mostrar a queda vertiginosa de Bolsonaro e sua mentalidade fascista, com seus seguidores fanatizados, mas, felizmente, em queda radical.

Desde outubro, os que consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo passaram de 31% para 52% – ou seja, aumentou profundamente a rejeição a Bolsonaro, trata-se do maior número desde o início do governo. Os que consideram o governo como bom ou ótimo antes eram 39% e agora caíram para 25%.

O que se tem de positivo na pesquisa não se deve a ele. A ligeira melhora (de 29% para 30%) na percepção sobre o caminho da economia e o medo sobre a pandemia do coronavirus (caiu de 45% para 38%) não se deve a ele e o seu Guedes – deve-se à vacinação que Bolsonaro tanto combateu.
Aliás, a percepção de que o noticiário é negativo para Bolsonaro segue em alta e já atingiu 60%.

Sobre as suspeitas de desvios, 81% dizem ter tomado conhecimento e 63% consideram que a informação provavelmente é verdadeira. Para 41%, há envolvimento de membros do governo e para 15%, de Jair Bolsonaro. Outros 28% avaliam que há envolvimento dos dois.

Sobre um pedido de impeachment do presidente, há divisão da população: 49% dizem ser favoráveis e 45% são contrários – há cinco meses, os favoráveis eram 46% e os contrários, 47%.


Enquanto isso, Lula continua crescendo e já atingiu 38% das intenções de voto, contra 26% de Jair Bolsonaro – a distância entre eles aumentou de 4 pontos em junho para 12 pontos agora.

Em seguida vêm Ciro Gomes (10%), Sérgio Moro (9%), Mandetta (3%), João
Dória (2%) e Guilherme Boulos (2%).

Em simulações de segundo turno, Lula ampliou sua vantagem sobre Bolsonaro, atingindo 49%, contra 35% - 14 pontos de vantagem!

Foram realizadas 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, nos dias 5, 6 e 7 de julho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Leia também na Folha e no Brasil247.
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