A ministra Rosa Weber, do STF, nessa quinta-feira, 1º de julho, negou pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) no sentido de aguardar o fim da CPI da Covid antes de decidir se investigará Bolsonaro por um suposto crime de prevaricação – que vem a ser “crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal”. Mas foi além – disse que a Procuradoria-Geral da República "desincumbiu-se de seu papel constitucional". Tem algo mais fabuloso do que uma acusação dessa? "No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República." Ou seja, a ministra deixa claro que não existe essa possibilidade de a notícia-crime ficar em banho-maria (como queria o vice-procurador-geral Humberto Jacques) e que o Supremo estará atento para impedir essas jogadas. Nada de negar ação da justiça contra o negacionismo.
"O objetivo da notícia de fato dirigida aos atores do sistema de justiça criminal é justamente o de levar ao conhecimento desses a eventual prática delitiva. A simples notícia não transfere o poder acusatório ao noticiante, tampouco vincula seu legítimo titular a uma atuação positiva, impondo-lhe o oferecimento de denúncia." A ministra foi adiante e disse que a jurisprudência da Suprema Corte não admite, como comportamento processual do Ministério Público, quando do exercício do poder investigatório ou acusatório, o arquivamento implícito de investigações.
Deixando de lado o ‘jurisprudês’, Bolsonaro foi encurralado pelo famoso braço da Justiça – que alguns acreditavam que estaria de braços dados com o poder das alvoradas. Bolsonaro tem muito a ser julgado. Podemos começar pelo desprezo pela vida do nosso povo que ele demonstrou, principalmente a população mais pobre, atingida mortamente pelo já famoso negacionismo presidencial. O país já está perto de alcançar 19 milhões de casos e, até o dia 1º de julho de 2021, já tinha ultrapassado 520 mil mortes.
Como se isso não bastasse, há fortes indícios de fraude envolvendo a aquisição e a aplicação de vacinas. Uma pessoa capaz de fazer isso não merece o respeito do povo brasileiro.