18/06/2019 às 16h21min - Atualizada em 18/06/2019 às 16h21min

​ONGS MUNDIAIS CONTRA BOLSONARO E CONTRA MERCOSUL.

 

O crescimento das violações aos direitos humanos, os ataques às minorias e ao meio ambiente, como a destruição da Amazônia, intensificados com o governo Bolsonaro são os pontos fundamentais da carta aberta que 340 organizações mundiais enviaram à União Europeia pedindo que suspenda "imediatamente as negociações comerciais com o Mercosul". As ONGs, inclusive o Greenpeace, pedem ainda que a UE tenha a confirmação "com provas materiais" que o Brasil vai cumprir o Acordo de Paris sobre o clima.
Os dois blocos já negociam há 20 anos e o acordo da UE com o Brasil, Argentina Uruguai e Paraguai, países do Mercosul, estaria chegando à reta final. E é nesse momento que a pressão dos ambientalistas e setores agrícolas europeus fica mais forte.

Os deputados franceses do partido do presidente Emmanuel Macron já afirmaram que são contra acordos que não proíbam a importação de produtos agrícolas que não cumpram as regras europeias. A comissária da UE para o Comércio, Cecília Malmstrom, reconhece que "existem algumas medidas tomadas no Brasil que não compartilhamos, mas que um acordo comercial não pode resolver todas as misérias do mundo". A comissária acrescentou que a UE tenta "um capítulo sobre comércio e desenvolvimento sustentável que seja o mais ambicioso possível, mas ainda não concluído".
Ao contrário do que os presidentes Jair Bolsonaro e Maurício Macri, da Argentina, afirmaram em Buenos Aires, no início do de junho, que o acordo era "iminente", a Comissão Europeia disse que "as discussões técnicas" continuam". A próxima reunião da UE deve ser no dia 27 de junho, em Bruxelas.

Nessa terça, mais denúncias contrárias à situação no Brasil estão chegando ao Parlamento Europeu. O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, entregou um relatório completo denunciando a participação dos Estados Unidos na Operação Lava Jato, contrariando a Constituição Brasileira.
O documento, traduzido para o inglês, também denuncia a prática do lawfare (uso de instrumentos jurídicos com objetivos políticos e partidários) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. Paulo Pimenta vai entregar o material para os parlamentares do Partido da Esquerda Europeia e do bloco da Esquerda Unitária Europeia \Esquerda Verde Nórdica. As revelações do The Intercept Brasil sobre as conversas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, na época juiz da Lava Jato, e os procuradores também serão discutidas com os deputados do Parlamento Europeu.

O líder do PT também vai se encontrar com integrantes do Comitê Lula Livre, em Bruxelas, para ampliar as denúncias sobre a prisão política do ex-presidente Lula.
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