William Burns, o diplomata de carreira que foi escolhido por Biden para comandar a agência de espionagem dos Estados Unidos, está em visita oficial nesta quinta-feira, 1º, a Brasília, onde se encontra com autoridades do governo Jair Bolsonaro. As agendas dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Augusto Heleno (Segurança Institucional) informaram um jantar com o diretor na noite desta quinta, em local não informado. Burns e o embaixador americano no país, Todd Chapman, chegaram ao Palácio do Planalto no meio da tarde. Não há na agenda de Bolsonaro informação sobre reunião com a autoridade americana. Mas é claro que se encontrarão e, ao mesmo tempo, não tem importância. A visita é certamente de ordem político-eleitoral e obviamente deve ter o codinome “Lula”.
A embaixada americana oculta as respostas. Mas é sempre bom lembrar que Burns passou mais de três décadas no corpo diplomático americano e chegou a ser o número dois do Departamento de Estado. Em 2014, deixou a carreira – mas foi ele que, em 2015, ajudou a manter as negociações secretas com o Irã que abriram caminho para o acordo nuclear em 2015. Será que, secretamente, ele ajudou Bolsonaro na CPI?
Os Estados Unidos de Biden estão obviamente preocupados com a ascenção de Lula. Não têm simpatia por Bolsonaro, mas farão tudo que for possível para tentar o impossível: evitar a vitória de Lula.
