30/06/2021 às 09h14min - Atualizada em 30/06/2021 às 09h14min

VACINA CONTRA CORRUPÇÃO

PRECISA-SE URGENTE!


O caso da Covaxin pode não estar no braço, mas já está na boca do povo. Trata-se de um escândalo envolvendo a vacina Covaxin aplicado diretamente em Bolsonaro. Já foi providenciado um superpedido de impeachment que será apresentado nesta quarta-feira, 30, à Câmara dos Deputados por partidos de oposição.
Cerca de 120 pedidos de impeachment serão reunidos em um só, apontando 23 tipos de acusações. E a todo momento surgem novos indícios de uma grande maracutaia vacinal. Mas, aparentemente, ainda faltam votos para que ele faça efeito na Câmara, tudo por conta do SOS Centrão que ainda estaria disposto a barrar a iniciativa da Oposição.

O Centrão é uma espécie de consórcio de partidos que teria se juntado a Bolsonaro quando o Palácio do Planalto passou a liberar cargos de indicação política e pagamento de verbas das emendas ao Orçamento. Caso haja um racha nessa aliança, o projeto de reeleição de Bolsonaro poderá, desde já, desabar de uma vez por todas. Mas podem todos tirar o cavalinho da chuva. Por enquanto, está mantida a blindagem para que o atual mandato seja concluído. É óbvio que, com o desgaste provocado pelas denúncias envolvendo a negociação da Covaxin, considera-se que esse grupo ganhou ainda mais poder de barganha junto ao Executivo.

A esquerda, por outro lado, conta com o aumento da mobilização nas ruas para pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a abrir o processo de impeachment.
“Temos que nos unir. Esses protestos vão mostrar o que o Brasil pede: Fora, Bolsonaro!”, disse o vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães, do Ceará.
Não é coisa fácil. Lira é líder do Centrão e foi eleito para esse posto com todo o apoio do Planalto. Seus aliados não veem clima político para afa$tamento de Bolsonaro. E ainda apostam que Paulo Guedes pode, quem sabe, cumprir a promessa de retomada da economia...

Os bolsonaristas, claro, alegam que esse superpedido de impeachment é apenas desespero da oposição na tentativa de atrapalhar o governo, pois não haveria fatos que sustentem o início de um processo de investigação.
E a esquerda, para ter condições de seguir em frente, precisa antes estender o braço na direção dos chamados “independentes” — partidos como MDB, PSDB, DEM e Solidariedade. Mas esse grupo, na maioria, prefere contornar o assunto, que nem conseguiu chegar ainda, por exemplo, às bancadas do MDB e do PSDB.
O Solidariedade, que caminha para uma coalizão com o PT em 2022, acredita que tentar impeachment agora é perda de tempo. “Eu acho que não tem que ter impeachment. Se for para tirar o Bolsonaro, tiramos na eleição”, disse o presidente da legenda, deputado Paulinho da Força, deixando bem evidente qual é a fraqueza do grupo...

Leia também na Folha e no Brasil247.
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