Bolsonaro está mais armado do que nunca, depois que colocou as Forças Armadas debaixo do braço. Já deve até estar estudando francês para dizer “o estado é muá!”. Chegou ao ponto de desafiar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid a derrubá-lo, carregando também Pazuello debaixo do braço. Até aproveitou para atacar os dirigentes da Comissão: "O pessoal acha que com CPI vai derrubar um presidente. Derrubar por quê? Estão apurando desvio de recurso? Não, né. Até porque o próprio Renan falou que essa CPI não será usada para apurar desvio de recurso. Está apurando o quê? Se eu estou usando máscara ou não?", disse em sua live das quinta-feiras, deixando pulgas atrás da orelha...
Bolsonaro chegou ao ponto de tratar o Senador Renan Calheiros, relator da CPI, como "figura desqualificada". Também o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente, e outros integrantes da comissão, como o senador Otto Alencar (PSD-BA), foram alvos nominalmente mencionados por Bolsonaro. Para desafiar ainda mais, aproveitou para fazer a defesa do tal remédio que não teria eficácia comprovada para o tratamento contra a Covid-19. Bolsonaro chegou ao absurdo de chamar de "canalhas" as pessoas que não defendem o "tratamento imediato". "Eu não politizei isso aí. Quem politizou é o outro lado. Quem diz para não tomar e não dá alternativas são eles", acusou.
A CPI deve ouvir na próxima terça-feira, dia 8, pela segunda vez, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na quarta, 9, é a vez do depoimento do ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, enquanto na quinta, 10, os senadores devem ouvir o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que teve seu depoimento antecipado após operação da Polícia Federal.
Enquanto o país anda pra trás, Bolsonaro avança com seu plano de continuar presidente, vencendo ou perdendo as próximas eleições. Quem sobreviver sofrerá. E o país marchará para trás...
