30/05/2021 às 07h49min - Atualizada em 30/05/2021 às 07h49min

​“FORA BOLSONARO” GANHA O MUNDO

VEJA NA INGLATERRA


O fascismo é um mal que atinge o mundo inteiro, toda a humanidade. Não é simplesmente um jogo político, não se trata de uma disputa entre Verdes x Azuis, não retrata uma emocionante partida de futebol em pleno Maracanã. Não é Copa do mundo. O fascismo atinge de morte toda a humanidade, é o anti-humano por natureza. Não é à toa, portanto, que as manifestações desse sábado, 29, ganharam as ruas e deram cor por todo o país, manchetes pelo mundo, como “Tens of thousands of Brazilians march to demand Bolsonaro’s impeachment” (“Dezenas de milhares de brasileiros manifestam-se pelo impeachment de Bolsonaro”) no The Guardian inglês.
 
O povo brasileiro já passou por isso outras vezes – recentemente tivemos uma ditadura militar feroz, perversa, torturadora. Mas não queremos mais isso, nunca mais. Queremos o fascismo longe daqui, que não chegue perto demais. Infelizmente, o governo Bolsonaro insiste em trazer de volta essa ameaça, um mundo de bang-bang, taoquei? O Brasil precisa de paz e de retomada do crescimento, precisa de qualidade de vida para todos. E precisa pôr um “basta!” nas mortes por Covid. Na verdade, mortes causadas por uma razão equivocada e perversa. Uma loucura comercial que pôs todas suas fichas na falsa solução inteiramente lançada nas costas da cloroquina e seus afins (que aparentemente não demonstram capacidade de amplo combate ao vírus que nos cerca).
 
A questão principal, de fato, é outra. Bolsonaro está desesperado porque o seu erro de avaliação eleitoral vai contribuir para uma derrota ainda mais forte frente a Lula em 2022. Seu projeto de economizar uns trocados para lançar na economia um pouco antes da sua tentativa de reeleição foi-se pelo ralo. Cada dia que passa é uma tortura, para o povo e para Bolsonaro, o “presidente criminoso” que, como disse Luís Francisco Carvalho Filho, em texto publicado na Folha do último dia 28 de maio, “fará qualquer coisa para permanecer no poder”. Acontece que esse 'qualquer coisa' está cada vez mais difícil, levando Bolsonaro a se preparar para tomar medidas extremas.
O momento, portanto, é de atenção. De conscientização. De mobilização. De ampliação da defesa da democracia. De garantia de eleições livres em 2022. De busca de apoio internacional. Não podemos piscar o olho, não podemos bobear. É a defesa do amanhã que está em jogo.


Hayle Gadelha
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