20/05/2021 às 07h11min - Atualizada em 20/05/2021 às 07h11min

​POLÍTICA X POLÍCIA

TÃO DIFERENTES, TÃO PRÓXIMAS...

 
A palavra “política” tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em Pólis (cidades-estado). Daí vieram "politiké" (política em geral) e "politikós" (o que pertence aos cidadãos).
A palavra "polícia" tem origem no latim "politia", derivada de "πόλις" [polis] que significa "cidade".
Nos tempos da ditadura militar, essas duas palavras andavam sempre juntas entre nós: “Faz política? Teje preso”.

Nessa quarta-feira, 19, elas mais uma vez acenaram uma pra outra, durante o depoimento na CPI do Senado do General Eduardo Pazuello. Os senadores da CPI não engoliram as respostas que o general deu sobre a crise da pandemia, quando ele foi ministro da Saúde do des/governo Bolsonaro. Pazuello estava tenso desde que chegou. Demonstrou que tirar Bolsonaro da reta (que é quem a CPI quer pegar) seria uma tarefa hercúlea (Ηρακλής
). O general da Saúde (cada vez mais gordo e sufocado em sua farda) não lembrava ou não sabia de nada. Atrapalhou-se o tempo inteiro. Seus assessores procuravam intensamente atualizá-lo com informações para suas respostas, mas ele tropeçava em tudo que era pólis, Manaus ou saúde. Sempre na luta para proteger o “Capitão-Chefe”. Quase que teve que enfrentar ali mesmo um ‘teje preso’, porque ficou escancarado que ele não sabia (ou não podia) dizer nada. O senador Presidente da CPI resolveu adverti-lo: “Ou o general diz toda a verdade ou vai ser preso”.

Foi dado um tempo para Pazuello “recordar e falar” – tempo suficiente para ele desmaiar. Em seguida vieram o “fechem as cortinas” e o “aguardem os próximos capítulos”.

Os senadores dessa vez chegaram perto. Mas o “teje preso, capitão-presidente!” ainda vai demorar. Aguardem os próximos capítulos dessa “politiké”...
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