14/05/2021 às 09h35min - Atualizada em 14/05/2021 às 09h35min

​BOLSONARO TEM DUAS ALTERNATIVAS

ENTREGAR OS PONTOS OU DAR O GOLPE


Bolsonaro chegou ao fim da linha. Não tem mais para onde ir, diante de tudo que tem sido fartamente revelado na CPI do Apocalipse, também conhecida como CPI da Covid e pode ser ainda CPI da Vacina ou CPI das Fakenews ou até mesmo de CPI do “Te Peguei, Bolsonaro”. Não importa o título que se queira dar, o estrago é um só e é monumental.

É preciso reconhecer que a CPI até demorou a chegar a suas revelações finais, diante das barbeiragens políticas desse efêmero governo bolsonárico. Foi preciso que grandes depoimentos – surpreendentes, até – tomassem de assalto (epa!) os salões da CPI. Saíram de cena depoimentos chéu com fréu para dar lugar a um Brasil assustador, conduzido por um presidente descontrolado.

Vamos pular os depoimentos de Mandetta e Nelson Teich, que já se perderam no tempo. O depoimento do ministro faz de conta da Saúde Marcelo Queiroga também foi de doer.
Basta ficar nos depoimentos recentes, de chefe da comunicação federal Fabio Wabjngarten e de Carlos Murillo, boliviano, ex-presidente da Pfizer no Brasil e atual presidente regional da empresa na América Latina. Podemos antes dar um pulo ao suposto “orçamento paralelo” revelado pelo Estadão, um esquema que teria envolvido a destinação de R$ 3 bilhões em emendas do Orçamento federal a alguns parlamentares escolhidos, que puderam definir onde seriam aplicados esses recursos. Parte significativa dessa verba teria sido destinada à compra de tratores e outros maquinários a preços superfaturados. E é importante recordar que essa destinação de recursos aconteceu em dezembro de 2020, pouco antes das eleições que escolheram os novos presidentes da Câmara e do Senado, no início de fevereiro.
Isso sugere, segundo analistas, que a disponibilização do dinheiro pode ter sido uma forma de o governo influenciar o voto dos parlamentares no pleito. Seria um “mensalão – série 2”... O drama continua, claro, aguardando-se, a qualquer momento, a participação especial de Eduardo Pazuello (que antecedeu Queiroga).

A angústia do momento é se Pazuello falará ou não falará. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, é que vai definir. E, aqui entre nós, não tem mais a menor importância. O país inteiro já sabe de cor o script dessa tragédia-suspense. Todos sabem que, no final, Bolsonaro é o culpado.
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