05/05/2021 às 18h12min - Atualizada em 05/05/2021 às 18h12min

BOLSONARO SÓ PENSA NA ELEIÇÃO.

POR ISSO É CONTRA O AFASTAMENTO SOCIAL


Bolsonaro está desesperado. A volta de Lula à disputa eleitoral fez seus índices de aprovação despencarem. Lula passou a ser a grande aposta do país na recuperação da saúde e da economia e agora avança rapidamente na liderança das pesquisas. O desespero de Bolsonaro é tão grande que chegou a ameaçar, nessta quarta-feira, dia 5, editar um decreto contra medidas de restrição e disse que "nenhum tribunal vai contestar". Deu pra perceber o desespero?
Ele também disse que não pretende baixar o decreto, mas, caso tome a decisão, "ele será cumprido com todas as forças que todos meus ministros têm".  Em outras palavras, ele prefere ver todo mundo morto a ter que encarar uma derrota certa na próxima eleição contra Lula.

Isso foi no seu discurso pela abertura da semana das comunicações no Palácio do Planalto, quando afirmou que o possível decreto se basearia nos incisos do artigo V da Constituição Federal, mas não deu mais detalhes. Bolsonaro não deve ter lido o artigo. Trata-se de um artigo imenso que começa declarando que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (confira aqui)”.

Bolsonaro citou manifestações a seu favor (sério?) no dia 1º de maio e subiu o tom ao falar de decretos de governadores e prefeitos para o controle da pandemia do coronavírus.
"Nas ruas, já se começa a pedir por parte do governo que ele baixe decreto e se eu baixar um decreto ele vai ser cumprido, não vai ser contestado por nenhum tribunal porque ele será cumprido”. O que constaria no corpo do decreto? “Constaria os incisos do art. 5", disse. Mas parece que Bolsonaro não leu o artigo que citou.

Ainda disse que o Congresso vai estar do seu lado e questionou: "quem poderá contestar o art. 5º da Constituição Federal?". E fez mais uma ameaça. "Ninguém ouse contestar".

Bolsonaro associou o afastamento social a uma crise da economia e à sua próxima derrota eleitoral. Mas ele, mais do que qualquer pessoa, tem consciência de que é o principal responsável por essa crise da saúde e também pelos problemas na economia. Não tem como negar ou fugir dessa realidade. Bolsonaro aproxima-se velozmente do fim de seu mandato e também do começo da felicidade geral da nação. Bolsonaro nunca mais.

Leia também o Brasil247.
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