02/05/2021 às 12h05min - Atualizada em 02/05/2021 às 12h05min

LIRA AMEAÇA BOLSONARO:

DEPOIS DA CPI, NINGUÉM SEGURA...


Bolsonaro está inteiramente apavorado. Sabe muito bem que a CPI da Pandemia instalada no Senado está carregada de informações comprometedoras. E ele não sabe por onde escapar...
Bolsonaro e seus aliados têm feito inúmeras manobras, demonstrando verdadeiro pavor com o que está por vir, porque, mais do que qualquer um, eles sabem quais são as possíveis consequências.

Apesar das manobras contrárias, a CPI da Pandemia foi instalada no Senado por determinação do Supremo Tribunal Federal. E o grande medo dos bolsonaristas, um verdadeiro pânico, é o relator, senador Renan Calheiros. Já recorreram até à Suprema Corte para impedir o senador das Alagoas de permanecer na relatoria da Comissão, apresentando as mais diferentes justificativas, mas seus esforços não estão dando frutos, porque não há clima para o STF interferir na estrutura da CPI.

A CPI do pânico bolsonárico já aprovou o roteiro de trabalho apresentado pelo relator, que já programou ouvir em depoimento os ex-ministros da Saúde Henrique Mandetta, Nelson Tech e Eduardo Pazuello, seguindo-se o atual ministro Queiroga. Ou seja, chumbo grosso, não importa quem atire primeiro. Mas o depoimento mais esperado – e que mais preocupa Bolsonaro – é o do general Pazuello.

Os senadores governistas na CPI parecem bem empenhados em dificultar os trabalhos, com um temor incontrolável de que a Comissão possa descobrir alguma coisa capaz de acelerar o impeachment de Bolsonaro. Ou seja, tem sururu no vatapá. Isso se percebe também pelo desespero que sacode cada coluna do Palácio do Planalto, onde ninguém consegue esconder o nervosismo. Os reflexos podem ser sentidos nas declarações de ministros e do próprio Bolsonaro. O general Braga Neto, que é ministro da Defesa, teria partido pro ataque, insinuando certas intimações, desenhando uma possível reação militar no caso de afastamento de Bolsonaro. O tiro saiu pela culatra e ele vai, aparentemente, ser convocado pela CPI para explicar direitinho qual o seu alvo. Tá nervoso? Não quer largar o osso? Explique melhor. Ninguém está ameaçando ninguém, quem não deve não treme. 

O governo também está nervoso com as possíveis declarações do ex-secretário de Comunicação Wajngarten, por que já deu entrevista à Veja acusando o general Pazuello de incompetente à frente do Ministério da Saúde. Com esses depoimentos, antes mesmo da investigação ganhar corpo, já se terá uma visão dos rumos da CPI e dos estragos que ela poderá causar ao governo Bolsonaro que está a cada dia mais isolado da tropa, apesar das fanfarronices.

O chefe da tropa de choque bolsonarista na CPI, o senador Ciro Nogueira, declarou que “essa CPI não vai dar em nada”, com objetivo óbvio de tentar minimizar o estrago. O pânico é tão grande que só se pensa em sabotar a CPI e impedir que ela alcance seus objetivos. Mas está difícil barrar a marcha das investigações, que serão adubadas com as descobertas do STF sobre o gabinete do ódio e a indústria de fake news. O Planalto não consegue nem mesmo uma planiciezinha para respirar.

Depois dessa CPI, por exemplo, Arthur Lira não mais terá condições de permanecer sentado sobre os mais de 100 pedidos de impeachment que deram entrada na Câmara dos Deputados. 

O fato é que a CPI nem bem começou a funcionar e já está entulhada de informações que devem comprometer cada vez mais o Presidente, cuja queda se mostra a cada dia mais próxima. Acuado, mas tentando mostrar confiança, recentemente ele afirmou que só Deus o tira da cadeira presidencial – o que levou Deus a dar um sorrisinho maroto. Deus é tudo, menos negacionista...

HG

A partir de informações do Brasil247.
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