01/05/2021 às 17h54min - Atualizada em 01/05/2021 às 17h54min

"LIVROS EM VEZ DE ARMAS"

1º DE MAIO COM LULA


Reproduzimos a mensagem de Lula pelo 1º de Maio. Vídeo no final.


Minhas amigas e meus amigos.
Este é um 1º de Maio triste para os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país.
Um dia de luto.
Pelas 400 mil vidas perdidas por conta do Covid-19. Muitas delas porque o governo Bolsonaro se recusou a comprar as vacinas que lhe foram oferecidas.
Pelos 14 milhões de desempregados, vítimas de uma política econômica que enriquece os milionários e empobrece os trabalhadores e a classe média.
Pelos 19 milhões de brasileiros que estão hoje passando fome, abandonados à própria sorte por este desgoverno.

O que eu mais desejo, de coração, é que este Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras seja também um dia de esperança.
Sabemos o tamanho do nosso desafio. Nosso país está sendo devastado pelo governo do ódio e da incompetência.
Mas sabemos também da nossa força.

Num passado muito recente, fomos capazes de construir juntos um novo Brasil - que o atual governo se esforça todos os dias para destruir.
O pleno emprego, conquistado pelos nossos governos, deu lugar a uma taxa record de desemprego e desalento.
Além dos 14 milhões de brasileiros desempregados, 6 milhões desistindo de procurar trabalho, porque sabem que não vão encontrar.
38 milhões estão subempregados, sobrevivendo de bicos.
São, ao todo, 58 milhões de trabalhadores sobrevivendo em condições precárias.

Há um número record de desempregados, somam-se mais de 4 milhões de brasileiros que trabalham na informalidade para aplicativo.
São na maioria jovens que arriscam a vida no trânsito das grandes cidades, trabalhando até 14 horas por dia, sem qualquer direito ou proteção social. Sem 13º, sem férias, descanso semanal, previdência, afastamento remunerado em caso de acidente de trabalho. Enfrentam jornadas estafantes e perigosas, para enriquecer patrões invisíveis, os bilionários donos dos aplicativos que se recusam a reconhecer e a honrar os seus direitos trabalhistas.
Mesmo assim, em plena pandemia, o governo nega ao povo um auxílio emergencial de 600 reais, para que ele seja capaz de suprir as suas necessidades básicas.

Meu amigos e minhas amigas. Nos últimos anos, andamos para trás. A economia brasileira encolheu e é hoje 7% menor do que em 2014.
Já estivemos entre as sete maiores economias do mundo... hoje descemos ladeira abaixo, ocupando a 12ª colocação.

Entre 2015 e 2020, 37 mil indústrias fecharam as portas, o equivalemte a 17 por dia. Sem qualquer apoio do governo, as micro e pequenas empresas, que geram 75% dos empregos formais, são as mais atingidas.

Como se não bastassem a incompetência e o descaso desse desgoverno, a operação LavaJato destruiu setores estratégicos da nossa economia, sobretudo a construção civil e a cadeia produtiva de óleo e gás, beneficiando empresas e governos estrangeiros.
Por conta da Lava Jato, o Brasil perdeu 172 bilhões de reais de investimento produtivo. Deixou de recolher, na forma de impostos diretos, quase 50 bilhões de reais.
O juiz, que teve sua parcialidade declarada pelo Supremo Tribunal Federal, e os procuradores da chamada "força-tarefa" são responsáveis também pela destruição de 4 milhões e 500 mil posto de trabalho.

Minhas amigos e meus amigos, o Brasil, o povo, as trabalhadoras e os trabalhadores, as crianças, os jovens e os aposentados não deveriam estar passando por tanto sofrimento.
Minha indignação diante de tanta injustiça é muito grande.
Mas ainda maior que a indignação é a minha confiança no povo brasileiro.
Ela é maior do que essa gente que está destruindo o nosso país.

O Brasil vai dar a volta por cima.
Não podemos perder a esperança. Porque a primeira coisa que nossos inimigos tentam matar em nós é a esperança - e um povo sem esperança está condenado a aceitar migalhas, a ser tratado como gado a caminho do matadouro, como se não houvesse outro jeito.

Nós já provamos que existe outro jeito de governar. Que é possível garantir a cada trabalhador e a cada trabalhadora o salário digno, a segurança da carteira assinada, o 13º salário, as férias remuneradas, para descandar ou viajar com a família.
É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos. Com geração de empregos, salários dignos e direitos reconquistados.
Com saúde e educação públicas de qualidade.
Um país do livro, em vez de armas.
De respeito ao meio ambiente e às minorias, do amor, em vez do ódio.



Nós já construímos uma vez esse Brasil - e juntos vamos construir de novo.
Trabalhadores: lutar sempre, desistir jamais!
Viva o 1º de Maio!

Veja o vídeo.


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