Não foi Lula que ganhou a liberdade. Foi o Brasil. Eu, você, a apresentadora do noticiário da TV, a velhinha que acena pra mim da sacada do prédio ao lado, os porteiros dos prédios que ficam atrás das grades comentando entre eles a grande novidade, minha vizinha de porta que tocou a campainha pra me dizer que sonhou com Lula, e ainda vejo um gato que ri, feliz, como se fosse nome de alguma coisa. Parece que é loucura? Claro que era loucura. Uma loucura que começou anos atrás, capitaneada por um juiz lá do Sul, uns anos que pareciam séculos, uma história de terror que parecia não ter fim – e que finalmente acabou. E a vitória de Lula no STF não significa simplesmente a sua liberdade. Significa muito mais para todos nós. É a certeza de que não teremos que nos submeter a mais quatro anos de um capitão do exército dos “taoqueis”, belicoso, fascistoide, negacionista, inimigo de vacinas, que vive com bang-bang na cabeça, um faroeste imaginário.
Chega! Queremos o Brasil de volta. Precisamos disso como se precisa de oxigênio para respirar. Lula livre! O futuro já começou!
