12/06/2019 às 09h52min - Atualizada em 12/06/2019 às 09h52min

​DIREITOS HUMANOS EM QUEDA

 

Ruralistas derrubam presidente da Funai e também os peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão responsável por investigar violações dos direitos humanos em locais como presídios, hospitais psiquiátricos e abrigos de idosos.
O general da reserva do Exército Franklimberg Ribeiro de Freitas deixou o cargo de presidente da Funai. Não resistiu à pressão dos ruralistas. Mas saiu atirando: declarou que Bolsonaro está mal assessorado nas questões indígenas e que a instituição está sob ataques constantes.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, órgão que controla a Funai, apenas divulgou uma nota agradecendo o trabalho desempenhado por Freitas à frente da instituição.
Ribeiro de Freitas destacou no seu discurso de despedida a influência negativa do ruralista Nabhan Garcia, secretário especial de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura que, segundo afirmou, "saliva ódio aos indígenas".
Desde o início do ano, terras indígenas têm sido alvo de invasões, e o povo indígena já foi atacado a tiros. Para as lideranças, são as políticas do governo Bolsonaro que estimulam esse tipo de ação.
Com Bolsonaro no poder, a Amazônia vai se transformar em “uma zona”... Mas nada disso é motivo para espanto – afinal, Bolsonaro demitiu também todos os peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão responsável por investigar violações dos direitos humanos em locais como presídios, hospitais psiquiátricos e abrigos de idosos. No mesmo decreto, determina, ainda, que a nomeação de novos peritos precisa ser aprovada pelo próprio presidente, e que eles não serão pagos pelo trabalho. Os novos membros do órgão não poderão – ACREDITEM! - ter qualquer vínculo com universidades ou ONGS.
“Fomos pegos de surpresa”, diz um dos peritos demitidos. “É bastante claro que se trata de uma retaliação ao trabalho que a gente vem desenvolvendo”. O órgão denunciou que o Ministério de Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, teria impedido a vistoria a penitenciárias no Ceará, para avaliar denúncias de maus tratos e tortura.
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