O STF, ontem, quinta-feira, 15 de abril de 2021, bateu o martelo: Lula está livre, leve e solto para candidatar-se a presidente do Brasil em 2022. Isso tem um significado imenso para todo o país, que, há mais de 2 anos, amarga a administração negacionista de Jair Bolsonaro. Não estamos mais simplesmente diante de esquerda ou direita, partido x, y ou z. Estamos diante da opção entre a grande aliança de partidos que apoiam a candidatura de Lula e, no lado oposto, a candidatura funesta pela reeleição (toc, toc, toc) de Bolsonaro.
Também ontem tivemos a pesquisa realizada pelo PoderData comprovando que Bolsonaro teria dificuldades em um segundo turno. Além de perder para Lula fácil, Bolsonaro perderia até para o apresentador Huck!
A decisão do STF pela anulação das condenações (irregulares) de Lula e essa nova pesquisa PoderData significam um sopro de vida para esse imenso país. Basta olhar em volta. O que todos nós testemunhamos, vivemos até aqui, foi a destruição das esperanças, a entrega de um povo aos números diários das mortes, alcançando quase 14 milhões de infectados e cerca de 365 mil mortes, seguindo atrás (como sempre...) apenas dos índices dos Estados Unidos.
A alta mortalidade ocasionada pela pandemia (sem o controle correto de Bolsonaro) fez com que a expectativa de vida ao nascer diminuísse 28%, fazendo com que o país retornasse aos níveis observados em 2013!!! Segundo o novo estudo “Redução na expectativa de vida no Brasil em 2020 após a Covid-19” (Departamento de Saúde Global e População da Universidade de Harvard), os efeitos da letalidade da doença aqui no Brasil foram mais drásticos: os autores estimam que houve uma redução média nacional de 1,94 ano na expectativa de vida do brasileiro ao nascer – queda, por exemplo, 72% mais acentuada do que nos Estados Unidos. Para a imitação ficar mais perfeita, Bolsonaro trabalha para a liberação do porte de armas de fogo... nas mãos desses bolsonaristas!
O Amazonas, o maior estado do Brasil, foi também o mais prejudicado. O ganho de 5,51 anos na expectativa de vida ao nascer conquistado nos últimos 20 anos, foi perdido em 60% devido aos efeitos da Covid-19 – sem que o governo bolsonárico se mobilizasse na velocidade exigida. E o cenário real pode ser ainda mais dramático, já que nem todas as vítimas da pandemia foram testadas e muitas mortes não foram registradas como provocadas pelo coronavírus. De acordo com a demógrafa responsável pelo estudo, Marcia Castro, os níveis são ainda piores entre quem tem 65 anos de idade. “Entre os homens, o ganho havia sido de 2,8 anos em duas décadas e a perda em 2020 foi 3,54. Ou seja, retrocesso a níveis anteriores a 2000”, ela comentou em rede social.
O cenário real pode ser ainda mais dramático, já que nem todas as vítimas da pandemia foram testadas e muitas mortes não foram registradas como provocadas pelo coronavírus. O que há de absolutamente certo é que não há mais o que fazer. Todos nós, em cada canto de nosso imenso Brasil, temos que denunciar o bolsonarismo e apontar a única saída para voltar a ser feliz: fora, Bolsonaro!
