Na semana passada, Lula teve reunião com as bancadas do PT do Senado e da Câmara, com o objetivo de definir as diretrizes do partido rumo às próximas disputas eleitorais. E disse uma coisa fundamental - que, aliás, nem precisava ser dita, porque todos os políticos, principalmente os de esquerda, têm que saber disso desde que nascem. Disse Lula: "Não se pode falar em frente ampla só com siglas de esquerda".
Não parece uma coisa óbvia? Claro que parece. Não apenas "parece" - é uma coisa realmente óbvia. Que infelizmente nem sempre é levada ao pé da letra, irresponsavelmente. Mas agora o objetivo vai além de uma simples disputa eleitoral - temos que nos unir para derrotar o fascismo que procura aprofundar raízes em nosso país. Ninguém pode vacilar. As eleições serão no próximo ano e representam oportunidade única para expurgar Bolsonaro e seus asseclas do nosso futuro.
Na sua reunião com as bancadas do PT, Lula disse apenas o que até parece a maior obviedade da face da terra. Disse que quando os companheiros falam em frente ampla para as eleições de 2022, costumam citar o PC do B, o PSOL e o PSB, mas que isso representa somente siglas de esquerda. Não é frente e não tem o menor vestígio de ser ampla.
Para ser verdadeiramente ampla, destacou Lula, é preciso incluir os partidos de centro. Aos aliados, Lula disse que vai trabalhar arduamente, com todas as forças, para conquistar siglas que hoje buscam uma terceira via ou estão mais ligadas a Jair Bolsonaro (sem partido), como o PSD.
Você que é de esquerda ou antifascista e acabou de ler essa mensagem de Lula, você entendeu bem? Não podemos vacilar. O Brasil precisa derrotar definitivamente o fascismo que se implantou com Bolsonaro. Para isso, precisamos da união de todos que são antifascistas, não podemos permitir que um golpe de Bolsonaro crie raízes entre nós.
