As decisões de ontem, 23, feitas pelo STF (Superior Tribunal Federal) foram históricas. Em primeiro lugar, por trazer de volta os direitos de Lula - que tinham sido tirados por Moro na base da mão grande. Em segundo lugar, confirmando exatamente o que Lula disse a Moro: “Eu espero que essa nação nunca abdique de acreditar na Justiça”. Em terceiro lugar – e tão importante quanto o que foi destacado antes – por premiar todos que participaram dessa luta. Vale lembrar esse depoimento: “Passei o ano novo em Curitiba do lado de fora da PF para Lula não ficar sozinho (com uma multidão emocionada). Uma viagem num ônibus fretado pelo PCO, bate e volta. Dormimos numa quadra de esportes cedida por um sindicato. Antes Deus sabe como fui a Brasília registrar a candidatura de Lula, andando a pé não sei quantos quilômetros com militantes de todo o Brasil, sem-terra, com-garra. Muita emoção. A libertação de Lula e da democracia brasileira foi assim - fruto da paixão, e da criatura fora de série que ele é. Vitória! Com a pressão, o inimigo precisou cortar na própria carne.”
Mas a guerra não acabou. O inimigo está acuado, mas não está eliminado do cenário político do país. Com certeza está com atenção redobrada com relação à próxima eleição presidencial, já no ano que vem. Tem certeza que agora, mais do que nunca, suas chances de reeleição foram para o esgoto, de onde nunca deveriam ter saído. Bolsonaro está planejando minuciosamente os próximos passos, que apontam em uma única direção.
Tudo é perigoso. Mais do que nunca, temos que estar atentos e fortes. Não temos tempo de tremer.
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