Foi na última segunda-feira, dia 15, que o cardiologista Marcelo Queiroga foi apresentado como futuro ministro da Saúde. Mas esse futuro parece que está longe se tornar presente... O que será que aconteceu com o indicado de Bolsonaro? Aparentemente, tudo se deve ao seu vínculo com empresas privadas, o que não seria permitido pela Lei 8.112/1990, que institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Segundo informa o jornalista André Shalders, do jornal Estado de São Paulo, o Planalto esqueceu de checar com a Receita Federal se o possível ministro estava vinculado a alguma empresa, o que impede a sua nomeação. Ele aparece como sócio administrador de duas clínicas em João Pessoa e precisaria se desincompatibilizar. Aquele papo de Bolsonaro de que a sua nomeação sairia já na terça-feira, 16, estava furado desde o princípio. Seria por isso que, oficialmente, Eduardo Pazuello segue no comando da Saúde do país durante a semana em que houve mais mortes desde o início da pandemia – mais de 15 mil –, apesar de termos um país com dois ministros e um presidente que, a essa altura, deve estar em estado febril.
Nesse sábado, 20, o próprio presidente do PSL de Goiás, deputado federal Delegado Waldir (atenção, é delegado, não é médico...), disse ao Jornal Opção que o possível ministro possui filiação ao PSL. Segundo reportagem de Helena Mader, da Revista Crusoé, Queiroga foi denunciado pelo Ministério Público em 2000 por apropriação indébita previdenciária, crime contra o patrimônio público (na ocasião ele administrava o Hospital Prontocor, em João Pessoa).
Muita atenção – o povo vai acabar sendo apontado como culpado...
