13/03/2021 às 08h00min - Atualizada em 13/03/2021 às 08h00min

​BOLSONARO ABRE O JOGO:

“É FÁCIL IMPOR UMA DITADURA NO BRASIL”

 
Bolsonaro já reconheceu que não é páreo em uma disputa eleitoral contra Lula. E já está pensando na única forma capaz de derrotar a vontade da maioria do povo brasileiro: um golpe militar.
Disse ele, em sua live, que é "fácil impor uma ditadura no Brasil". Alguém tem dúvida sobre suas intenções quando usa essas palavras? É pura ameaça. Vejam só como ele continua sua ‘magnífica’ fala:
"Essa crítica de esculhambar todo mundo... Nós vivemos um momento de 64 a 85. Você decida aí o que achou daquele período. Pense. Não vou entrar em detalhe aqui", afirmou.
 
Ele demonstrou com isso, em primeiro lugar, que tem pensamento limitado. Em segundo lugar, que está chegando a hora do adeus. Ficou completamente desesperado com a justíssima elegibilidade de Lula e partiu para o velho esquema do prendo e arrebento.
 
Bolsonaro pretendia simplesmente rebater as críticas de Lula sobre a participação política e a desestabilização da democracia promovida pelo general Eduardo Villas Bôas. Mas não tem condições intelectuais mínimas para fazer isso.
"Lembra daquele vídeo nosso que vazou?! Que não era para ter vazado, mas o ministro Celso de Mello do STF falou que tinha que botar para fora, que eu havia interferido na Polícia Federal?! Viram primeiro que não havia interferência nenhuma, e, em dado momento, falei aquilo, é espontâneo: 'como é fácil impor uma ditadura no Brasil'. Vou repetir: como é fácil impor uma ditadura no Brasil", afirmou Bolsonaro, transformando o que poderia ser um simples comentário em ameaça séria.
E continuou. "Repito, eu faço o que o povo quiser. E digo mais: sou o chefe supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas acompanham o que está acontecendo. As críticas em cima de generais, não é o momento de fazer isso. Se um general errar, paciência,  vai pagar. Se eu errar, eu pago. Mas se alguém da Câmara dos Deputados errar, que pague. Se alguém do Supremo errar, um ou dois, que paguem. Agora, essa crítica de esculhambar todo mundo... Nós vivemos um momento de 64 a 85. Você decida aí o que achou daquele período. Pense. Não vou entrar em detalhe aqui", acrescentou.
 
Se isso não é ameaça de golpe, o que pode ser. História da carochinha? Marcelo Freixo, do PSOL do Rio de Janeiro, foi direto ao ponto: "É urgente deter o golpe!" E foi além: defendeu sua saída imediata da Presidência. "Bolsonaro fez mais uma ameaça explícita à democracia. Ele não pode continuar na presidência da República. É urgente deter o golpe", disse Freixo pelo Twitter.
 
Realmente, se, além de ser incapaz de conduzir o país no combate à pandemia, é incapaz de defender a democracia, é tirar o quepe, vestir o pijama e deixar o Brasil em paz.
 
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