11/03/2021 às 15h14min - Atualizada em 11/03/2021 às 15h14min

PERDEU, BROU!

PERDEU NA PESQUISA, PERDEU O MERCADO FINANCEIRO.


Lula derrubou Bolsonaro com um peteleco. É verdade que foi um peteleco muito bem dado, com a sabedoria de quem sabe se comunicar tanto com o mercado financeiro como com a população mais pobre. De quem sabe se comunicar com todo o povo brasileiro. A sabedoria acumulada durante anos e anos e que está sendo posta a serviço do futuro da política.
 
O resultado já está no mundo, entusiasmando economistas, analistas de bancos e consultorias tanto quanto o tão aclamado e disputado povão.
 
O discurso de Lula foi brilhante do começo ao fim, sem se perder em vírgulas ou um talvez qualquer. Conseguiu ao mesmo tempo acalmar e dar mais motivação para toda a população brasileira. Serviu tanto como um calmante para um mercado financeiro que andava tenso, temeroso daquilo que eles se acostumaram a tratar como “risco Lula” como estimulante para o povo desanimado.
 
Economistas e analistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, destacaram que Lula fez acenos ao mercado, mesmo criticando as privatizações e o teto dos gastos públicos, e lembrou da escolha do empresário José Alencar para ser o seu vice em 2003.
“Não se deve usar uma eventual candidatura de oposição como desculpa para os erros em série cometidos pelo governo Bolsonaro”, disse o economista e ex-ministro do Planejamento e da Fazenda, Nelson Barbosa, sobre o chamado “risco Lula”. Ainda segundo ele, “o PT nunca foi esse bicho papão que é pintado. As pessoas precisam de inimigos imaginários para sobreviver”.
“O presidente Bolsonaro é que tem que lidar com isso”, completou em referência aos erros de condução da política econômica atual, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
 
Para a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, o discurso de Lula serviu para acalmar o ânimo dos investidores, que viram que ele “não pretende deixar o mercado desamparado”.
“Lula tem esse perfil mais intervencionista, o que coloca um sinal amarelo para o mercado. Ele procurou, com algumas falas mais conciliadoras, não deixar o mercado desamparado, trouxe elementos desse Lula de 2002 para próximo do Lula de 2006”, disse a economista, encontrando uma razão para largar de vez essa coisa que conduz ao caos brasileiro tanto na condução da economia como na condução do combate ao coronavírus. Nessa quarta-feira, 10, a Bolsa subiu 1,29% e o dólar recuou 2,36%, fechando a cotação em R$ 5,655.
A economista e professora da Universidade de São Paulo (USP) Laura Carvalho observou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que na segunda-feira (8) anulou as condições impostas pelo ex-juiz Sérgio Moro ao ex-presidente, não pode ser utilizada como pretexto ou justificava para eventuais turbulências no mercado.
“Vejo Lula como um conciliador que soube aproveitar muito bem o cenário externo favorável para realizar políticas importantes (de transferências de renda e investimento público em infraestrutura física e social) e conseguiu ao mesmo tempo reduzir a dívida pública, a inflação e acumular reservas internacionais. Não acho que faz sentido o temor. Ainda mais no cenário calamitoso em que nos encontramos”, avaliou.
 
Para Guilherme Mello, professor do Instituto de Economia da Unicamp, “o chamado ‘risco Lula é um bicho papão inventado com o objetivo de manipular o mercado e os humores políticos. Ele não existe na prática, mas funciona para assustar os incautos”.
 
Lula está de volta. Bolsonaro perdeu e o Brasil venceu.
 
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