Nada como dias após os outros. Hoje, 1º de março de 2021, já são 1155 dias de desgoverno de Bolsonaro. Nesse tempo todo, ele não mudou em nada. E, se mudou, foi pra pior. Mas, com certeza, a opinião da maioria do povo brasileiro mudou muito. Vamos ver aqui essa velha senhora, caminhando de sacola na mão. "- Ei, minha senhora! Pode falar um pouco?" "- Não é assalto. não, não é meu filho?" "- Não, não, longe disso... xô!" "- Então pode falar, moço." "- O que a senhora está achando do governo Bolsonaro?"
Pausa. A senhora baixa a cabeça e começa a chorar. "- Eu votei nele... eu votei nele..." "- Calma, calma, minha senhora, não precisa chorar..." "- Eu estava calma..."
Não adianta continuar. Seriam horas e horas de lágrimas derramadas. É isso que está acontecendo por toda parte, do Oiapoque ao Chuí. Bolsonaro se confirma como o maior engodo eleitoral da nossa história recente. Junto com o povo, o mundo político também solta lágrimas... mas são de ódio! Ou quase... Hoje o D&D pinçou material de algumas reportagens. Selecionamos trechos.
Tasso Jereissati. O senador tucano defende a CPI da Covid que "é preciso parar esse cara". Dá pra acreditar nisso? É a turma do centro (ou será centro-direita?). Disse que a instalação da Comissão de Inquérito sobre os crimes de Jair Bolsonaro durante a pandemia será um teste para o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Em outras palavras... deixa pra lá! Mas o senador Tasso decidiu tomar essa atitude depois que Bolsonaro foi ao Ceará e provocou novas aglomerações, colocando em risco a vida da população, num estado que já está à beira do colapso sanitário. Bolsonaro, além de conclamar a população a ir para as ruas, lançou uma ameaça: aquele governador que fechar agora tem que pagar o auxílio emergencial. Tasso também cobrou o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). "Estou pedindo ao Senado, com receio de que teremos dificuldade porque não sei qual vai ser a posição do presidente Rodrigo Pacheco, que instale a CPI da Covid-19. Ele colocou meio na gaveta... É preciso parar esse cara (Bolsonaro). O objetivo da instalação da CPI não é nem para punir, mas é para pelo menos parar essa insanidade. Por ser presidente da República, não pode conclamar a população inteira a correr risco de morte sem nenhum tipo de punição", afirmou.
Drauzio Varella. O doutor Drauzio Varella faz um alerta sobre o atual momento da pandemia. ‘Em várias cidades, morreu mais gente em dois meses, janeiro e fevereiro, do que no ano passado inteiro’, destaca. Ele prevê que as próximas semanas serão muito duras, o Brasil está à beira do colapso total. "O país começa a vacinação sem ter doses em número suficiente, exatamente quando a epidemia nunca esteve tão agressiva. Nós estamos vivendo os piores momentos", afirmou. "Olha o que deu fazer aglomerações nos bares, nas festas clandestinas do fim de ano e no carnaval. Em várias cidades, morreu mais gente em dois meses, janeiro e fevereiro, do que no ano passado inteiro", destaca Drauzio. "Está certo levar o vírus para casa, infectar seus pais, seus avós e as pessoas mais frágeis da família, só porque você se recusa a usar máscara e a guardar distância dos outros?", indaga. "As próximas semanas serão muito duras. Não se iluda: se sua mãe ficar doente, não encontrará vaga nas UTIs dos hospitais, públicos ou particulares. Como você vai se sentir se ela morrer de falta de ar numa cadeira da sala de espera?", desabafa o médico.
Gilmar Mendes. O ministro do Supremo simplesmente comparou a Lava Jato ao PCC (Primeiro Comando Capital, uma das maiores organizações criminosas do Brasil, segundo a Wikipédia). "Veja essa delegada que teria falsificado depoimento. O que isso significa? Conversa de procuradores ou é conversa de gente do PCC? Tudo isso é muito chocante”, disse o ministro do STF, referindo-se à revelação de que a delegada Érika Marena falsificou um depoimento e de que foi protegida pelo procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. “O conteúdo das mensagens às vezes dão asco. A ideia, por exemplo, de transferir alguém para um presídio, para que fale ou delate; de alongar a prisão. Veja essa delegada que teria falsificado depoimento. É muito chocante”, disse ele.
Gilmar também destacou o papel da mídia brasileira nesse processo. "A mídia de alguma forma foi aliada desse modelo, que se imaginava estar renovando o Brasil. Hoje estamos aprendendo que no fundo eram uns tiranetes, sujeitos que tinham pouca visão da democracia, pouco compromisso com o Direito e, certamente, muito interesse no seu próprio empoderamento. O conteúdo das mensagens às vezes dão asco."
Gilmar também sugeriu que os integrantes da Lava Jato batam em retirada. "Deviam pedir desculpas às pessoas e irem para casa, porque não são mais dignos de estarem nos locais onde estão. Como é que vão continuar denunciando pessoas?", questiona.
Até o Reinaldo Azevedo entra na história , em entrevista à TV247, e também o The New York Times escreve hoje sobre esse tema tão vibrante...