No Rio de Janeiro, PSOL e PT uniram-se para virar o jogo e conquistar as presidências de cinco comissões na Câmara de Vereadores. Como escreveu Berenice Seara, no Extra, “é bom o governo pôr as barbas de molho, porque a esquerda — e a oposição — vai dar muito mais trabalho nesta legislatura”. Isso se encaixa muito no que Lula falou na sua live para o Brasil247 sobre a questão nacional. É fundamental que as esquerdas se unam, assim como os partidos de centro, todos aqueles que desejam fortemente a derrota do fascismo de Bolsonaro.
As bancadas do PSOL e do PT na Câmara do Rio deram um nó nos governistas e um exemplo para o país. Os sete psolistas e os três petistas mostraram o peso da esquerda no conjunto dos 51 vereadores.
“Mostramos que somos dez e que sempre existem descontentes aqui e ali. Se fizermos 13, desarrumamos todo o jogo. Então, conseguimos ser ouvidos”, conta Lindbergh Farias, o líder do PT.
Com isso, o PT conseguiu manter a presidência da Comissão de Cultura, com Reimont. E também garantir o cobiçadíssimo colegiado de Assuntos Urbanos.
Para o PSOL, o ganho foi ainda melhor. Embora ele tivesse a maior bancada da casa, empatados com o DEM e com o Republicanos, os governistas não queriam dar a eles a presidência nem mesmo de uma só comissão. Acabaram levando três. A estreante Thaís Ferreira vai comandar o grupo em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. O também novato William Siri, o de Trabalho e Renda. E o veteraníssimo Paulo Pinheiro ganhou a cereja do bolo: vai presidir a Comissão de Saúde.
Para provar que estão juntinhos, Lindbergh e Tarcísio Motta, o líder do PSOL, assinaram ao mesmo tempo o acordo das comissões.
“O governo que ponha as barbas de molho, porque a esquerda — e a oposição — vai dar muito mais trabalho nesta legislatura”, conclui Berenice Seara.
