O governo não estaria satisfeito com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming. Sabe por que isso? Tudo por causa dos atritos iniciados a partir de agressões do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), à China. No ano passado, em março, ele simplesmente acusou o nosso maior parceiro comercial e investidor de ser responsável pela propagação do coronavírus no mundo. Baseado em quê? Quais são as comprovações? Aparentemente, a base de tudo seriam as fakenews trumpistas – típico da sua forma de fazer política, um mau exemplo, que deu no que deu...
"Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. Mais uma vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas", escreveu o deputado na época - sem saber que os chineses já abriram há um bom tempo as investigações sobre a origem do coronavírus. Afinal, os chineses são os maiores interessados em desvendar esse mistério do Covid-19.
Em novembro, em mais um ataque verbal, o deputado teria afirmado que o governo brasileiro declarou apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China". Em nota, a embaixada chinesa disse que a declaração foi "totalmente inaceitável e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento". Isso tudo, claro, provocou uma crise diplomática entre o Brasil e o maior parceiro comercial e investidor do país. E o deputado tornou-se alvo de duas representações no Conselho de Ética da Câmara, nessa quinta-feira, 11.
A questão é simples: não se pode colocar em órbita acusações infundadas. Lançou, tem que provar.