A revista Veja nasceu sob o signo da modernidade, da transformação, teve até a ousadia de colocar a foice e o martelo na capa de seu número 1. Não era de esquerda, evidentemente, mas pretendia, digamos, ser progressista. Obviamente, não seguiu muito tempo assim. Mas daí a transformar-se em dedo duro a serviço de Dallagnol...
Segundo reportagem do Brasil247, o repórter Thiago Prado, quando era da Veja, insuflava o procurador Deltan Dallagnol, um dos bambambans da Lava Jato, a perseguir personalidades políticas. Ele fornecia mensagens (e-mails) para incriminar pessoas suspeitas, documentos e extratos bancários!!! Teria chegado a festejar quando o então diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso... por causa dele!
Thiago Prado teria chegado a implorar por uma "ponte" com a Procuradoria-Geral da República para entregar o que considera provas para condenar pessoas. O chat compreenderia o período de abril de 2015 a junho de 2016. Teria provocado o caso que gerou buscas e apreensões nas casas e escritórios de 26 advogados que trabalharam para a Fecomércio do Rio de Janeiro. Ele ofereceria ao procurador as notas fiscais que seriam do escritório do advogado Roberto Teixeira contra a Federação.
O jornalista aparentemente mostrava certa fixação com o senador Romário (PODE-RJ) que, pelo cargo, não poderia ser investigado em Curitiba. Ele pede quebras de sigilo e insiste também em culpar o banqueiro André Esteves. "Assim como eu colaborei lá atrás entregando todos os e-mails do Cerveró para vocês, por favor, peço essa ajuda para desmontarmos essa farsa", pede o repórter. Em dado momento, Dallagnol brinca, dizendo que o jornalista já pode entrar para o Ministério Público!!!
Esse repórter, na verdade, é apenas mais uma peça para demonstrar o quanto o esquema “Lava Jato” era deplorável, uma “instituição” que acabou colocando o país fora da lei – em nome da “lei”...