Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, vai encontrar o embaixador da China, Yang Wanming, para tentar ‘acelerar’ a produção da vacina chinesa no Brasil. Mas está difícil. Os chineses aparentemente não têm nada contra o Brasil nem mesmo contra Rodrigo Maia, mas estão deixando claro que perderam o interesse em vender a sua vacina para um país que tenha como presidente um Jair Bolsonaro. A reunião está prevista para esta quarta-feira, dia 20, e foi solicitada por Maia com o objetivo de tratar da liberação de insumos para a produção de vacinas no Brasil. Segundo interlocutores, o encontro será na Embaixada da China.
Rodrigo Maia está aproveitando seus últimos dias como presidente da Câmara Federal para se projetar como líder no combate ao novo coronavírus. Na semana passada, ele apresentou um requerimento solicitando ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AM), que o Legislativo se reunisse agora em janeiro, durante o recesso parlamentar. Mas Maia, que não teria tido retorno, obviamente preferiu avançar sozinho. Durante o encontro com o embaixador Yang Wanming, ele vai tentar melhorar a relação entre os dois países e argumentar que a demora na chegada dos Ingredientes Farmacêutico Ativos pode prejudicar ainda mais o Brasil e a fabricação da Coronavac pelo Instituto Butantan e do imunizante de Oxford/AstraZeneca, que será produzido pela Fiocruz.
Segundo a CNN, integrantes do alto escalão do governo Jair Bolsonaro já admitem que a relação tumultuada do país com a China tem travado a importação de insumos para a produção das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. O assunto foi um dos temas da reunião do presidente com ministros no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira (18). Pode ser que a relação de Bolsonaro com a China até melhore. Difícil vai ser o Brasil melhorar a sua relação com Bolsonaro...
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