13/01/2021 às 09h33min - Atualizada em 13/01/2021 às 09h33min

TRUMP E BOLSONARO

NOMES PARA NÃO ESQUECER


A famosa frase de Juraci Montenegro Magalhães, “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, é inesquecível e perfeita para o momento que vivemos.

Juraci, cearense de Fortaleza, nascido em 1905, iniciou sua carreira no 23º BC, em sua cidade natal. Em 1923, matriculou-se na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1927, retornou ao 23º BC, de onde passou a oferecer apoio aos oficiais tenentistas foragidos no Nordeste. Em 1930, servia no 22º BC, na capital paraibana, quando deu abrigo em sua casa a Juarez Távora, designado comandante militar da revolução no Nordeste.
Em setembro de 1931 foi nomeado por Vargas interventor federal na Bahia, estado em que a revolução contava com poucos adeptos. Em 1932 reprimiu manifestações de solidariedade aos constitucionalistas de São Paulo, então em confronto armado com o governo federal, promovidas por estudantes em Salvador.  Em abril de 1935, obteve da Assembleia Constituinte estadual o mandato de governador constitucional.
Durante seu governo, tomou medidas repressivas contra as atividades da Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente de esquerda de caráter antifascista da qual participava seu irmão, Eliézer Magalhães, e contra a Ação Integralista Brasileira (AIB). Ao mesmo tempo, opôs-se às pretensões de Vargas de continuar à frente do governo federal após o término de seu mandato constitucional. Buscou articular-se com governadores de outros estados a fim de barrar a continuação de Vargas. Quando esse se concretizou, com a implantação da ditadura do Estado Novo em novembro de 1937, demitiu-se do governo da Bahia, retornando ao Exército.
Retomou as atividades políticas apenas no final do Estado Novo, quando passou a se articular aos setores de oposição ao regime, sempre manobrando rumo à direita. No governo do ditador Castelo Branco, foi nomeado embaixador brasileiro nos Estados Unidos. Foi aí que pronunciou sua célebre frase: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil".
 
Bem, essa frase não faz mais muito sentido para o Brasil. Mas cai feito luva (de beisebol...) para o caso de nosso presidente, Bolsonaro, diante de Trump, o atual presidente americano que está sendo defenestrado do cargo. Trump dispensa apresentações. Arrogante, digno representante da extrema-direita, é com certeza o pior presidente da tortuosa história americana. Os dois sempre se deram muito bem.
 
E já que Bolsonaro ama tanto os Estados Unidos e aparenta venerar Trump loucamente, ele poderia aproveitar o momento para retratar-se no ídolo e, em solidariedade, renunciar à presidência da República declarando: “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”.
 
Fã e ídolo poderiam ser muito felizes... longe daqui!
 
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