02/06/2019 às 11h43min - Atualizada em 02/06/2019 às 11h43min

COMO ZÉ DO CAIXÃO, BOLSONARO FAZ DA MORTE A SUA RAZÃO DE VIVER. É ISSO MESMO QUE ELE QUER?

https://www.theguardian.com/world/ng-interactive/2019/mar/06/revealed-the-rise-and-rise-of-populist-rhetoric

COMO ZÉ DO CAIXÃO, BOLSONARO FAZ DA MORTE A SUA RAZÃO DE VIVER.  É ISSO MESMO QUE ELE QUER?
 
O bate-boca nacional em torno da cadeira para crianças ganhou espaço monumental na mídia, com todo mundo dando sua opinião. E não é nada gratuito. Faz parte da estratégia  populista de Bolsonaro e sua trupe.  Essa linguagem foi o caminho que alguns políticos encontraram para vencer as eleições e para tentar perpetuar-se no poder. Apesar de um passado político sem brilho, sem destaque, sem nada que justificasse a sua existência política, Bolsonaro mostrou-se um aprendiz de feiticeiro da melhor qualidade. Ou, de forma mais correta, um aprendiz do astrólogo de Virgínia e do tal de Steve Bannon. Começou a demonstrar isso para o notável público brasileiro durante a campanha, com disparos bem apropriados – principalmente através da mídia digital. Disparos que aliás encaixaram-se perfeitamente à facada de Juiz de Fora, aparentemente um golpe de mestre que saiu melhor do que a encomenda.
Mas Bolsonaro não é um caso isolado. De acordo com a pesquisa do Team Populism (em projeto encomendado pelo jornal inglês The Guardian), baseada na análise de discursos públicos de quase 140 líderes mundiais, primeiros-ministros, presidentes e chanceleres de 40 países, o número de líderes populistas mais do que dobrou nos últimos 20 anos. E revela também que os políticos no mundo inteiro adotaram, de forma gradual, argumentos mais populistas, enquadrando a política como uma batalha maniqueísta entre a vontade das pessoas comuns e as elites corruptas e autocentradas.
Nessa estratégia, eles são o povão e os corruptos são os outros. Serão capazes de provar, por A +Z, que a cadeirinha especial para crianças de qualquer idade é absolutamente desnecessária. Assim como devem conquistar inúmeros adeptos cada vez que falam qualquer coisa desengonçada ou quando aparecem de pijama entre as cortinas do Alvorada para um depoimento à TV. O populismo tem muitas cartas nessas mangas de pijama. E cabe a todos nós que conseguimos identificar claramente o discurso populista deixá-lo nu diante do grande público.
 
Nota: Na pesquisa do The Guardian, Bolsonaro estava no início de governo e ainda era considerado “algo populista...
 The Guardiaan
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