17/12/2020 às 06h10min - Atualizada em 17/12/2020 às 06h10min

​PT SEGUE ZÉ DIRCEU.

NENHUM APOIO AO CANDIDATO DE BOLSONARO.


Às vezes a política é como as nuvens, uma hora você olha e vê um leão; outra hora você olha e... deixa pra lá. O que importa é que na terça-feira, 15, o canal do Brasil247 fez uma entrevista excepcional com José Dirceu, o pensador brilhante de sempre, que colocou questões importantíssimas para o avanço das forças políticas de esquerda. Paulista de Minas Gerais, deputado estadual e federal por São Paulo e ministro-chefe da Casa Civil do Brasil, Zé Dirceu propôs passos importantes para que os partidos mais à esquerda, partidos progressistas, de centro, de perfil democrata, possam avançar contra a proposta fascista representada por Bolsonaro. A questão imediata principal é a luta pelas presidências do Senado e da Câmara dos Deputados. Temos aí dois postos importantíssimos que, naturalmente, estão na mira bolsonarista para fortalecimento dessa sua política. No Senado, o assunto está praticamente decidido. Alinhando-se ao atual presidente, senador David Alcolumbre, Bolsonaro já conta com votos suficientes para eleger quem bem entender. Mas, na Câmara, ele não conseguiu acertar o passo. Procurou mostrar-se mais forte do que o atual presidente, Rodrigo Maia, e a situação escapou ao seu controle. Rodrigo Maia faz questão de mostrar que, por força da legislação, está deixando o cargo – mas ainda tem poder. Começou a buscar apoio com as forças de esquerda, partidos e grupos antifascistas, anti-Bolsonaro. Foi aí que Zé Dirceu, olhos atentos e mente aberta, viu a brecha para que as forças progressistas, de esquerda, centristas, de todos e qualquer perfil, que representassem combate ao fascismo e estivessem dispostas a derrotar Bolsonaro, pudessem unir-se em torno de uma candidatura apoiada por Rodrigo Maia.
Em entrevista à TV 247, o ex-ministro afirmou que o Partido dos Trabalhadores deve ocupar espaços no parlamento para tentar combater a agenda neoliberal e também o obscurantismo. "Não concordo com candidatura própria", diz ele. "Mas acho que o PT precisa tomar posição e não pode ficar fora da mesa".
O petista ainda salientou em sua fala que “o PT precisa disputar o parlamento
”. “Bolsonaro seria um ditador se não fosse o STF e o Congresso Nacional, que colocaram limites a ele”. Em sua visão, “a luta democrática é mais ampla que a esquerda” e a primeira ordem é “fincar o pé na defesa da democracia e da derrota de Bolsonaro em 22”. “Bolsonaro estará no segundo turno, mas será derrotado. Resta saber se será pela centro-esquerda ou pela centro-esquerda”, analisou.
Ele considerou que “não podemos continuar como estamos, sem unidade. Todos os partidos de centro-esquerda deveriam trabalhar juntos”.
 
Surpreendentemente, houve vozes dissonantes, defendendo aliança com candidatura associada ao bolsonarismo, por pura miopia política. Mas ontem, dia 16, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann bateu o martelo e postou em seu twitter: “O PT não comporá bloco para a mesa da Câmara com candidatura apoiada por Bolsonaro. Junto com a oposição construirá alternativa de bloco em defesa da democracia e uma candidatura que represente e debata um programa e uma agenda para derrotar Bolsonaro e tirar o país da crise”.
 
Bolsonaro? Never!
 
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