Você conhece o cantor cearense Raimundo Fagner. Eu conheço, a moça da TV conhece, a sogra que veio passear conhece, a vizinha que vive na varanda a 325 metros daqui conhece... quem não conhece? Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner, nasceu em Orós, no Ceará, em PT de outubro de 1949. Cedo começou na música, formou grupos musicais e instrumentais, começou a compor suas músicas. Com apenas cinco anos de idade, conquistou o primeiro lugar em festival de interpretação para cantores infantis, realizado em homenagem ao Dia das Mães, promovido pela rádio Iracema.
Em 1968, venceu no IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria com Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado, em 1969, após comparecer a programas de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra – o grupo ficou conhecido como "o pessoal do Ceará". Também no ano de 1969, após ganhar o 'I Festival de Música Popular do Ceará - Aqui no Canto', Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cistina, foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada. O resto você sabe. O que ninguém sabe é como é que um cara assim virou um bolsonarista de carteirinha. Talvez não tenha “virado”, talvez tenha sido um bolsonarista de nascença e ninguém tinha percebido. Pois bem. Ele está lançando um novo álbum de serenatas e resolveu admitir o seu arrependimento por ter declarado apoio a Bolsonaro nas eleições de 2018. Disse ele agora: "A atuação do Bolsonaro é ridícula. Ninguém está precisando ouvir as loucuras que ele fala, mas de paz. Ele tem é que trabalhar pelo Brasil. A maneira como se comporta não é a de um presidente". E foi esse mesmo Fagner que chegou a fazer um vídeo declarando apoio a Bolsonaro, em entrevista à jornalista Maria Fortuna, no Globo. Desculpa, Fagner, ridículo é você. Ninguém está precisando ouvir as loucuras que fala, o mundo inteiro precisa manter distância de Bolsonaro e de bolsonaristas como você.
