Ao contrário da primeira-ministra britânica Theresa May (que permaneceu no cargo até o fim, defendendo o “Brexit”, mesmo sendo contra ele), o nosso ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que renuncia, se a reforma da Previdência virar 'reforminha'. Disse ele para o site da revista Veja, nesta sexta-feira, 24 : “Pego um avião e vou morar lá fora”. Ele afirma que, sem a mudança nas regras da aposentadoria, o País quebra em 2020”. Mas a maior verdade pode ser que, se ele continuar, o povo quebre antes... Aterrorizando o mundo, ele continuou: “Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”. Disse ele que não é irresponsável nem inconsequente, por isso, se a reforma da Previdência não for aprovada, ele vai embora “no dia seguinte”. Em seguida, se contradiz quanto ao “dia seguinte”: “Já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo”. Nota-se claramente que falta coerência... Guedes afirmou também que o presidente Jair Bolsonaro está totalmente empenhado em aprovar a reforma nos moldes em que o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, com expectativa de economia de até R$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos. Mas volta atrás outra vez e reconhece que há margem de negociação, que pode no máximo ir a R$ 800 bilhões de economia. Ou seja, 2/3 do que está propondo... Ele ainda declarou que a reforma da Previdência não está sendo apresentada apenas para equilibrar as contas públicas, mas que também poderia corrigir enormes desigualdades. O ministro reafirmou sua confiança nas convicções de Bolsonaro e acredita em uma união política em torno da agenda econômica do governo. “Eu confio na confiança que o presidente tem em mim.” Ok, ministro. O povo também confia em você e espera que cumpra a palavra de pegar o boné e se mandar...