02/12/2020 às 10h06min - Atualizada em 02/12/2020 às 10h06min

​ESTÁ PROVADO:

O TRIPLEX NÃO ERA DE LULA.


Documentos da empresa A&M (Alvarez & Marsal), que Moro agora é sócio, atestam que o triplex de Guarujá, no edifício Solaris, aquele que disseram que pertencia a Lula, na verdade pertencia à OAS. Um documento é de 2016 e o outro de 2017. A defesa de Lula já tinha apresentado os dois ao então juiz Sérgio Moro, que nem quis saber. Será que ele continua desconfiando da empresa de que agora é sócio diretor?? Como assim? Moro teria até apresentado o que seria uma delação premiada informal de Leo Pinheiro, ex-presidente da empresa.
 
Em uma petição enviada ao então juiz Sérgio Moro no dia 19 de abril de 2017, a defesa de Lula exibia dois documentos demonstrando que o triplex não pertencia a ele. Era, na verdade, propriedade da OAS. E quem é que apresentava o imóvel como patrimônio da empreiteira? Adivinhou quem disse Alvarez & Marsal, a empresa de que Moro agora é sócio honrado e acima de qualquer suspeita.
 
O então juiz deu de ombros para a evidência e considerou o imóvel como propriedade de Lula. Não acreditou no que certificava a sua, agora, empresa A&M.
Poucos se lembram de que Leo Pinheiro fez dois acordos de delação premiada. Um primeiro foi anulado por Rodrigo Janot sem explicação clara. Alegou-se descontentamento com vazamentos. Não se sabe o que continha, mas se sabe que ele não acusava Lula.
 
No dia 20 abril de 2017, em depoimento a Moro, fora do ambiente de delação, Pinheiro falou o que a força-tarefa queria que ele falasse: disse que a reforma do tal triplex seria um prêmio da empreiteira dado a Lula como fração de recursos desviados da Petrobras, que existiriam numa contabilidade informal. Mas não há qualquer documento comprovando. Dá pra entender?
 
Na época, segundo diálogos revelados pela Vaza Jato, o próprio Deltan Dallagnol expressou a preocupação de que as coisas fossem vistas segundo aquilo que eram. Vale dizer: ele achava que o acordo de delação de Pinheiro seria entendido "como um prêmio pela condenação de Lula".
 
E agora, Moro? Qual a verdade que Vossa Excelentíssima pessoa tem à disposição? A A&M, sua nova empresa, mentiu antes ou mente agora?
 
Outra pergunta: será que, hoje, Moro acredita na palavra da empresa de que ele é sócio diretor? Ou ainda: será que, agora como empresário com possíveis ganhos milionários, ele espera que juízes façam como ele fez e ignorem o que certifica a A&M?
 
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