Editorial desta quinta-feira, dia 19, do jornal O Globo, denuncia a destruição completa da imagem do Brasil que este governo está fazendo.
"A participação de Jair Bolsonaro na cúpula virtual do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) serviu para que ele desse indicações de que o Brasil pós-Trump persistirá no isolacionismo, distante dos organismos multilaterais, no negacionismo de sempre diante da pandemia e dos crimes ambientais cometidos na Amazônia. Aproveitou para deixar isso claro ao vivo, na frente do presidente da China, Xi Jinping, principal parceiro comercial do país, que tem assumido discurso oposto, em defesa da globalização e da cooperação entre os países. A postura de Bolsonaro tem um certo aspecto suicida, já que vai contra o interesse nacional e lança por terra toda a tradição diplomática do Itamaraty", diz o editorial.
"Outro atrito gratuito com Xi ocorreu quando Bolsonaro renovou suas críticas à Organização Mundial da Saúde (OMS), num eco a seu inspirador Donald Trump. Xi deu uma resposta que, fosse numa reunião em pessoa, decerto traria mal-estar, mas terminou passando em branco. Citou a vacina que a chinesa Sinovac desenvolve com o Instituto Butantan, de São Paulo, atacada por Bolsonaro em sua rivalidade infantil com o governador João Doria”.
O Globo considera que a situação tende a se tornar pior com a mudança de governo em Washington. "É um risco que só crescerá com a posse de Joe Biden nos Estados Unidos. É preciso que os interesses reais do Brasil — na economia, na cultura, na política externa, no meio ambiente — prevaleçam sobre mais este desastre anunciado. Ou o país seguirá a visão do chanceler Ernesto Araújo e se tornará mesmo um pária", finaliza o texto.
A culpa de fato é da proposta fascista que tomou posse do país com a eleição de Jair Bolsonaro — uma ameaça cada vez maior para um país chamado Brasil. O dia 31 de dezembro de 2022 bem que poderia ser hoje...
