03/11/2020 às 08h09min - Atualizada em 03/11/2020 às 08h09min

TENSÃO MUNDIAL

ATÉ ONDE VAI A LOUCURA AMERICANA?

 
Política americana não dá prazer em acompanhar. Mas o atual presidente Donald Trump soube chamar a atenção – e a tensão – para a sua forma alucinada de presidir. Não apenas internamente, onde atuou como showman. Esparramou-se mundo afora, meteu as garras onde não era chamado, não se preocupou nem mesmo em bater e correr, porque o importante era acontecer. Agora, diante de uma eleição tão maluca quanto ele mesmo, conseguiu colocar toda a humanidade em estado de choque. O que será do amanhã?
 
Nós, principalmente nós, que somos da turma que sobrevive abaixo da linha do equador, não podemos esperar muito de qualquer presidente americano, seja ele Trump, Biden, Obama ou Kennedy. Mas, de Trump, sempre podemos esperar o pior. Nós, brasileiros, principalmente, já que ele é patrocinador do Bolsonaro que temos aqui.
 
Hoje, 100 milhões de americanos estarão decidindo o que será do amanhã. 62 milhões pelo correio. Os outros, nas formas mais malucas possíveis. A coisa é tão doida que talvez não se saiba tão cedo qual foi o resultado. Já há quem tenha dúvida sobre se os resultados oficiais serão anunciados normalmente – o mais provável é que haja batalha jurídica, várias batalhas jurídicas. O próprio Trump já deu sinais de que pode levar a disputa até a Suprema Corte (onde tem maioria). Já chegou a dizer que pretende se declarar vencedor antes de a apuração ser concluída, caso os primeiros resultados da noite mostrem que ele está à frente em estados decisivos. Pretende judicializar a disputa logo após o fechamento das urnas. "Não acho justo que tenhamos que esperar pelos resultados da eleição por um longo período de tempo", disse Trump. "Assim que a eleição acabar, na mesma noite, vamos entrar com nossos advogados." Ou seja. Sentiu que vai perder e quer ganhar no tapetão.
 
A campanha de Joe Biden se prepara para enfrentar os diversos cenários e chegou a dizer que Trump "não irá roubar a eleição".
Por seu lado, Trump questiona a contagem de votos por correio depois do dia da eleição, o que é permitido por lei em muitos estados, inclusive aqueles estados considerados-chave, como é o caso da Pensilvânia.
A estratégia trompista baseia-se nas distorções no início da apuração, causadas pela diferença na ordem da contagem de votos em cada estado. Se ele estiver na frente, vai tentar dar um jeito de encerrar a contagem.
 
Os Bolsonaristas estarão atentos a tudo, querendo saber qual a melhor jogada para, no futuro, usar aqui...
 
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