Adivinha quem disse que “a esquerda não tem ética, moral ou vergonha na cara e faz o diabo por uma eleição”! Acertou quem disse Eduardo Bolsonaro, melhor dizendo, Eduardo Nantes Bolsonaro, filho do atual presidente do Brasil, policial e deputado federal pelo PSL de São Paulo, desde 2015, reeleito em 2018 com 1.843.735 votos, sendo o mais votado da história do país, um representante digno do fascismo. Ao falar uma coisa dessas (na verdade, em nome da família Bolsonaro), ele mostrou que estão todos assustados com o avanço da frente ampla que vem sendo articulada por Lula e Ciro.
A construção dessa frente contra a extrema-direita teve um avanço muito grande nas últimas semanas, graças a esse armistício, que já preocupa o bolsonarismo. Todos sabem que Lula e Ciro estavam rompidos dede 2018, mas, com essa retomada de conversa, 2022 ganha nova perspectiva. Pode ser o início de forte avanço dos partidos de esquerda de olho na próxima disputa presidencial. O encontro entre eles ocorreu na sede do Instituto Lula, em que Ciro derramou suas mágoas e Lula choramingou por causa de ataques ao PT. A trégua foi intermediada pelo governador do Ceará, Camilo Santana, filiado ao PT, mas aliado dos irmãos Gomes em seu estado. Diz o Globo que os vaivéns para viabilizar a conversa duraram mais de um mês. Enquanto Ciro reclamava do PT, Lula recordava os ataques do ex-ministro ao partido, os dois se ensopando em lágrimas de um e do outro. Felizmente tiveram o bom senso de concentrar a conversa na análise da situação do país sob o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro. Diagnósticos sobre as razões do resultado eleitoral também foram apresentados.
Desde o encontro, Ciro e Lula mudaram o tom ao se referirem um ao outro e cessaram os ataques mútuos. Que recebam os aplausos Daqui&Dali, representando a maioria do povo brasileiro...