O vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), foi flagrado com dinheiro na cueca. Parece piada, mas é pura realidade. Uma realidade que tem a cara desse governo que temos.
Dizem assessores que Jair Bolsonaro teria reagido com irritação e, por isso, providenciou imediatamente a substituição do cuequeiro como um dos vice-líderes do governo no Senado. OK, foi uma boa providência. Mas agora é preciso saber a origem da bufunfa, onde foi colocado o baton dessa cueca. Em princípio, poderia simplesmente significar uma forma mais segura de conduzir dinheiro. Mas isso não explica o que levou a Polícia Federal a dar esse flagra. Sabemos que o parlamentar foi alvo de uma operação contra desvios de recursos públicos. Agora o distinto público precisa saber mais detalhes. Ele agiu sozinho? Fazia parte de uma quadrilha? Os outros vice-líderes do governo Bolsonaro estão sendo investigados também?
Quando era deputado federal, Bolsonaro disse ter "quase uma união estável" com o senador Chico Rodrigues. Essa união desestabilizou?
Em nota, Rodrigues negou envolvimento com irregularidades. "A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à Covid-19 na saúde do estado", disse o parlamentar. Como assim, Senador? Mesmo circulando dentro de casa, Vossa Excelência guarda dinheiro na cueca? É algum fetiche?
Agora vem uma informação estranha. O sobrinho de Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, é assessor parlamentar de Chico Rodrigues (DEM-RR) e recebe salário de R$ 22.943,73 por mês. Sim, e daí? Ele também guarda dinheiro na cueca? Por que divulgar isso?
Melhor seria recomendar os fabricantes de cuecas a produzirem “bolsos” especiais para conduzir tanto dinheiro.
