Moro resolveu dizer, sem citar nomes, que Bolsonaro é "criatura do pântano" em luta pelo poder, tudo porque o seu ex-chefe disse que não precisava mais da Lava Jato, já que tinha acabado com a corrupção. Moro, que também se considera pai da Lava Jato, mandou no seu twitter: "As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?"
Dá pra acreditar? Uma guerra em torno de uma grande jogada de marketing chamada Lava Jato! Bolsonaro não acabou com nada. Está querendo ser o paladino da anticorrupção, coisa que está longe de ser. Acabou com as rachadinhas? Acabou com os depósitos do Queiroz? Acabou com o Wassef? Puxou a orelha dos Filhos? Se não foi capaz disso, não tem autoridade política para se dizer dono da Lava Jato ou da Lava Qualquer Coisa. Seja como for, mexeu com os brios de Moro que, aparentemente, já estava de malas prontas para um refúgio fora do Brasil. O ex-juiz e ex-ministro (que contribuiu para eleição de seu agora ex-chefe prendendo injustamente o ex-presidente Lula) subiu nas tamancas e disse que o seu Bolsonaro tinha se transformado em criatura dos pântanos. Afirmou em seu Twitter: “As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?” A resposta a essa pergunta quem pode saber é o próprio Moro, que chafurdou nesse pântano um bom tempo e que só saiu de lá quando percebeu que jamais seria o rei absoluto.
Jogar de volta pântano na cara dos outros é fácil. Difícil é garantir que as mãos não se enlamearam.
