É a Mônica Bergamo que informa em sua coluna de hoje: “Moro deve sair do Brasil e desistir de disputar eleições”. Mas isso não é verdade. Foram as eleições que desistiram dele. Moro sonhava que poderia construir a imagem de paladino da justiça, carrasco do “facínora” Lula, herói da Rede Globo, ponta de lança do grande empresariado. Mas foi um sonho que durou poucas noitadas, logo virou pesadelo. A Globo está mais interessada em pavimentar o caminho rumo ao Planalto imediatamente – apesar da oposição recorde dos evangélicos.
Moro chegou a ser ministro da Justiça de Bolsonaro, mas logo percebeu que naquele saco de gatos ele ficaria com o papel de rato e tratou de cair fora. Seria a senha para se tornar candidato global. Acabou descobrindo que caiu em outra ratoeira, já que a Globo faz tudo para não romper inteiramente com o bolsonarismo. Para escapar da nova armadilha, Moro decidiu pressionar a família para ir morar fora. Claro, a versão divulgada é a de que ele só vai sair por pressão da família, mas é impossível acreditar. Quer refortalecer a imagem. Deve procurar um país que ele chame de seu para passar uma temporada dando aulas de Direito. Faria de conta que não se interessa mais por política, tentaria apagar a imagem de ex-futuro presidente da República a serviço da Globo e, se tudo der certo, pensa em voltar com mais força para se candidatar.
É melhor desistir de vez, ex-ministro Moro. O país já julgou as suas pretensões – e nem queira saber qual é a sentença...
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