30/09/2020 às 08h28min - Atualizada em 30/09/2020 às 08h28min

BIDEN GANHOU O MEU VOTO

DEFENDEU A AMAZÔNIA CONTRA BOLSONARO


O debate Biden x Trump foi muito desinteressante. Dois candidatos mais preocupados em não errar, não fugir às regras, do que realmente debater o que é importante. Claro, teve seus momentos de fortes emoções, principalmente quando Biden chamou Trump de palhaço e ainda mandou calar a boca. Aliás, são poucos os debates políticos realmente entusiasmantes. E, do ponto de vista do marketing, muitas vezes é melhor que não sejam. “Não mexe, não mexe que piora”. É natural, portanto, que esses debates televisivos tenham perdido muito espaço para os meios digitais. Só os mais aficionados e os marqueteiros se entusiasmam.
 
No enfrentamento americano de ontem, Trump decepcionou mais, do ponto de vista de desempenho. Claro, teve os seus momentos mais fortes, graças a sua maior experiência de show business. Mas ainda assim mostrou-se mais defensivo do que se poderia esperar. A história do imposto de renda subdeclarado deve ter influenciado, ficou com medo de novas revelações comprometedoras, talvez. O show que se poderia esperar, não veio.
 
Por seu lado, Biden também não é grandes coisas. Não consegue transmitir nenhuma gotícula de entusiasmo. Passa mais seriedade, mais respeito – muito importante em campanhas eleitorais –, mas é um tédio total.
 
Para nós, brasileiros, que gostaríamos de não ter nada a ver com isso, o mais importante e emocionante foi ver Joe Biden ameaçar diretamente o Brasil de Bolsonaro, disse que o Brasil sofrerá "consequências econômicas significativas se não cuidar da Amazônia". Uma ameaça extremamente importante, principalmente porque nós aqui estamos sendo “conduzidos” por um seguidor radical de Trump. Biden disse que conseguiria que várias nações dessem ao Brasil US$ 20 bilhões para acabar com o desmatamento na Amazônia e, se o Brasil fracassar, então haveria “consequências econômicas significativas". Trata-se de um passo à frente de Trump que, além de ser ídolo de nossa extrema-direita, é inimigo do Acordo de Paris (que prevê uma redução de emissões de poluentes), que considera "um desastre".

Como disse a jornalista de política da CNN, foi "show de merda". Jogando cara ou coroa, os dois coroas estão de fora. De cara, a vice Democrata Kamala Devi Harris é bem mais interessante. Pode assumir imediatamente.


 
Leia também no Brasil247, no Globo e The Guardian.


 
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