Sob concorrência do streaming, a Globo está perdendo astros e vive sua crise mais profunda. Você sabe o que é streaming? Se não sabe, não precisa saber. Mas a Globo sabe e não está gostando nada disso. Em crise profunda, sob concorrência do streaming, a empresa dos Marinhos está perdendo artistas e desmontando a sua Hollywood brasileira. Segundo a empresa de tecnologia QR Capital, a Netflix, uma das empresas de streaming, deverá ultrapassar o faturamento da Globo no Brasil até 2022. Ou seja, isso deve acontecer logo ali, depois daquele velho site onde se refugia a Globo...
Enquanto serviços de streaming direcionam as cifras para aumentar o volume de produção, alguns dos mais famosos representantes do modo Globo de ser, depois de mais de 40 ou 50 anos, encontram-se pela primeira vez sem emprego fixo. Pelo menos, é isso que posta Cristina Padiglione, na Folha de São Paulo.
De acordo com levantamento feito pela empresa de tecnologia financeira QR Capital, o ritmo de receitas Netflix no Brasil, por exemplo, pode fazer com que a companhia americana, apenas uma das concorrentes no streaming, encoste na Globo em 2022.
A QR Capital estima que a emissora da família Marinho deverá faturar R$ 9,7 bilhões este ano. Mas a provedora de filmes aumentará suas receitas para algo próximo de R$ 6,7 bilhões. Caso mantenha um crescimento anual próximo de 20%, a Netflix logo deverá ultrapassar a Globo, de acordo com dados publicados na coluna Radar Econômico.
Apesar de ainda estar em segundo lugar, a Netflix já supera em faturamento no Brasil todas as outras emissoras de canal aberto. Record, SBT, Band e RedeTV, somadas, faturam algo próximo de R$ 4 bilhões, de acordo com a QR Capital.
Um dos sinais da crise da Globo é que ela está contratando artistas para obras específicas, ao contrário do que fazia antes, com suas estrelas tendo contratos de exclusividade, pagos mesmo quando estavam fora do ar. Nomes conhecidos, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Antônio Fagundes e Renato Aragão já estão fora.
No contexto de TV sob demanda, a Globo tem outras prioridades, como a organização entre criação, produção e distribuição. Esta última etapa não era tão importante devido à lógica de exibição em tempo real. Mas a Globo passou a construir um catálogo de títulos originais que se pagam, inicialmente, com assinaturas do serviço de streaming, e depois, com a publicidade da TV, aberta ou fechada - esta última com seus pagantes.
SBT e RedeTV! - não dispõem de endereços próprios para faturar com outras janelas de exibição, assim como a Record, que disponibiliza o conteúdo na plataforma PlayPlus mediante pagamento de assinatura. A Band tem canais pagos.
Com Globo ou sem Globo, vivemos uma realidade que se transforma em altíssima velocidade, antes mesmo de chegarmos ao próximo dígit...
