Nada como um dia após o outro para se conhecer melhor um governo. Basta ver essas duas notícias para entender as reais intenções de Bolsonaro para o futuro. Aliás, o futuro não apenas dele, mas de todos nós. Nessa quarta-feira, dia 2, Bolsonaro divulgou que vai triplicar a verba de publicidade de 2021. E hoje, quinta-feira, dia 3, os jornais divulgam que Bolsonaro “mira servidores com reforma que ataca benefícios e facilita demissões”. Como se fosse um passe de mágica, tudo se encaixa. A partir do ano que vem ele precisa de mais e mais dinheiro para divulgar as suas “realizações” e tentar, com isso, garantir a sua reeleição. Mas o mais importante é saber que essa “mágica” estava sendo azeitada há vários meses, com as “notícias” que o governo Bolsonaro lançava nos meios de comunicação. Veja: “Governo gastou três vezes mais com salários de servidores do que com Saúde, diz estudo. Dados mostram que, em 2019, os gastos com o funcionalismo público representaram quase 14% do PIB, enquanto a saúde pública recebeu menos de 4%.” (G1/Jornal Nacional)
No mesmo dia, no mesmo veículo, lia-se que “Brasil é o 7º país que mais gasta com servidor; valor é 3,5 vezes as despesas com saúde, diz Instituto Millenium. Esse é o mesmo instituto que tem o ministro da Economia Paulo Guedes entre fundadores e que a lançou campanha 'Destrava! Por uma Reforma Administrativa do bem'. Na reportagem, “um estudo aponta que despesas com funcionalismo federal cresceram 125% em uma década, enquanto número de empregados aumentou apenas 11% no período”. Acompanhar essas “reportagens” ao longo dos últimos meses e por todo o país é como assistir a uma série de terror, onde, no final, o “mocinho” vira “bandido”. E foi exatamente isso que que Bolsonaro planejou: mostrar o servidor público como um bandido que está tirando todo o dinheiro que o pobre do Bolsonaro tem para divulgar suas “realizações” e, com isso, tentar reeleger-se em 2022. Isso, sim, é uma verdadeira história de terror, com final infeliz. Bolsonaro precisa de um “The End” já!
