26/08/2020 às 08h12min - Atualizada em 26/08/2020 às 08h12min

​O BOLSO OU A VIDA

A DIFÍCIL ESCOLHA QUE O CORONAVÍRUS IMPÕE


Relaxar ou não relaxar? Trabalhar ou não trabalhar? Quarentena ou não quarentena? Como enfrentar esse dilema que passou a tomar conta de toda a humanidade?
O coronavírus (Covid-19) ainda está sem controle. Apesar disso, metade das grandes cidades brasileiras já começaram a retomar o movimento normal. Tem outro jeito? Aparentemente, não. Mas é importante ter a consciência de que a transmissão do coronavírus só diminuiu em 43% dos municípios com mais de 100 mil habitantes.

Dos 324 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes (o total de municípios é 5.570), são 171 (53%) onde o fluxo de pessoas em seus locais de trabalho, na última semana, era maior, igual ou até 10% menor do que se registrava antes da pandemia – de acordo com dados fornecidos pelo Google (que tem uma base de dados anônimos de localização dos usuários).

A Folha mede o ritmo de crescimento da epidemia com base em dados dos últimos 30 dias e, segundo esses dados, em 57% das cidades que tiveram aumento no fluxo de pessoas foi registrada alta acelerada de novos casos de coronavírus ou um número estável de novos diagnósticos, mas em um patamar considerado elevado.
É o caso de Campo Grande (capital do Mato Grosso do Sul), uma das seis capitais a voltar à normalidade nos postos de trabalho em meio à pandemia. A cidade, que precisou fechar o comércio em julho para tentar diminuir a propagação da doença, hoje se enquadra na categoria estável – quando o número de novos casos é constante, mas ainda em volume significativo.

Manaus, Porto Velho, Boa Vista, Rio Branco e São Luís, que também têm movimento normal, estão reduzindo o ritmo de contágio, mas a situação ainda não está sob controle.
Florianópolis é a cidade com maior isolamento, com fluxo nos postos de trabalho (na última semana) 30% menor do que no início do ano.
Porto Alegre, que enfrentou grande surto nos últimos dois meses, teve aumento de 30% no fluxo de pessoas em relação a março.
São Paulo, que no auge da quarentena, em março, reduziu o número de pessoas nos postos de trabalho em 60%, hoje tem uma redução de 25%.
No interior, o retorno à normalidade em meio à Covid-19 é maior. Em Nova Serrana (MG), o movimento está 14% superior aos meses antes da pandemia, é o maior índice do país.
E Parintins, no Amazonas, está na lista das cidades com maior movimento, mas, por enquanto, não cancelou o tradicional festival folclórico do Bumba Meu Boi ou Boi Bumbá. Os ingressos estão à venda no site do evento, previsto para o início de novembro, nos dias 6, 7 e 8. Mas o Ministério Público e a Defensoria Pública emitiram recomendação para que suspendam o anúncio e as vendas de ingressos para o festival.
É melhor o boi bumbar em outro lugar...
 
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