17/08/2020 às 09h17min - Atualizada em 17/08/2020 às 09h17min

HOJE TEM CONVENÇÃO DEMOCRATA NOS ESTADOS UNIDOS

COMEÇO DO FIM DE TRUMP?


Hoje é o dia da festa Democrata contra o absurdo Donald Trump. E, com todo respeito ao candidato Joe Biden, hoje é o dia da vice Kamala Haris. Ela é filha de uma pesquisadora de câncer e ativista dos direitos civis de origem tâmil (povo dravidiano habitante do sul da Índia e Sri Lanka). Ao lado de sua irmã, a advogada Maya Harris, a candidata Kamala fez de sua vida uma luta pela igualdade de direitos.
Quando sua mãe, Gopalan Harris, uma pesquisadora de câncer de mama, se mudou de Nova Delhi para Berkeley (Califórnia, EUA), em 1958, participou ativamente de sit-ins (manifestações e protestos pacíficos contra a Guerra do Vietnã) ao lado do marido, Donald Harris, um jamaicano que se tornou professor catedrático em Stanford.
 
Gopalan decidiu dar às duas filhas nomes de deusas hindus: a primeira, Kamala (pronuncia-se Ká-ma-la), se tornaria a primeira mulher de ascendência asiática e não branca a ser candidata à vice-presidência pelo Partido Democrata ao lado de Joe Biden em 2020; e a segunda, Maya Lakshmi, se tornaria advogada e ativista de direitos humanos, diretora da ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) na Califórnia, assessora de Hillary Clinton na campanha de 2016, ativista pela reforma policial e companheira de viagem de Kamala em sua corrida presidencial.
 
“Não deixem que as pessoas lhes digam quem vocês são, são vocês que devem dizer às pessoas quem são vocês”, aconselhava repetidamente Gopalan às filhas. Foi ela que decidiu criá-las em um bairro negro de Berkeley para que se vissem e se sentissem como mulheres negras e se orgulhassem disso. Também levava as filhas a cada dois anos à Índia e preparava receitas hindus para que as filhas tivessem consciência de onde vinham e estivessem conectadas com suas origens.
 
Todas essas histórias sobre a influência política do ativismo da família reforçaram o discurso inclusivo no aspecto racial da campanha presidencial de Kamala Harris, quando a senadora da Califórnia enfrentou Joe Biden como pré-candidata à presidência. Um dos vídeos que mais viralizou, depois da confirmação como vice Democrata,  foi postado no Twitter pela irmã, que recordava a mãe (que morreu em 2009) e garantia que “ela e nossos ancestrais estão sorrindo hoje”. Isto é o que Kamala Harris recorda no vídeo:
“Minha mãe, que criou a mim e a minha irmã, era uma mulher orgulhosa. Era uma mulher indiana com um forte sotaque. As pessoas a olhavam por cima do ombro por causa do sotaque. Não a levavam a sério e questionaram sua inteligência por causa dele. Mas minha mãe sempre provou que estavam errados. E por quem foi minha mãe e pelo que ela acreditava, pela sua capacidade de sonhar e de trabalhar para tornar isso possível, pelo fato de minha mãe nunca ter pedido permissão a ninguém para que lhe dissessem o que era possível,  é a razão pela qual me apresento como candidata à presidência dos Estados Unidos.”

Leia mais em El País.
 
No vídeo, Marge Simpson diz: “Realmente não me meto em política. Mas a assessora sênior do presidente Trump, Jenna Ellis, me assustou. Acabou de dizer que a candidata Kamala Harris parece comigo. Minha filha Lisa acha que isso não foi um elogio. Como uma dona de casa suburbana comum, começo a me sentir um pouco desrespeitada. Eu ensino meus filhos a não insultar... Jenna."




 
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